Influência de programas de prevenção da doença cardiovascular na concepção e prática de docentes em escolas públicas de ensino fundamental do ciclo II

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Bortolozzo, Maria Silvia Sanchez
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-03062009-090637/
Resumo: Trata-se de investigação qualitativa para conhecer a Concepção e Prática de Docentes, da cidade de São Paulo, sob a Influência de Programas de Prevenção da Doença Cardiovascular. Foram comparados grupos de professores que passaram pela formação e outros que não passaram, para verificar o que sabiam e como ensinavam o tema transversal saúde, quanto aos fatores de risco à doença cardiovascular, nos aspectos, alimentação, sedentarismo, tabagismo e uso do álcool. A entrevista como diagnóstico inicial demonstrou que existiam professores receptivos a participações inovadoras e outros resistentes a mudanças de qualquer natureza. O grupo focal confirmou esse resultado, pois, mesmo não tendo participado dos Programas, um número significativo de professores destacou-se como inovador e preocupado com as questões de saúde. A vantagem desta técnica sobre a anterior é ter permitido evidenciar na reflexão conjunta, os professores que passaram pela formação demonstraram avanço nas formas de intervenção em relação à prática de saúde em sala de aula e em todos os espaços escolares. A análise documental reforçou os resultados e identificou obstáculos internos e externos apresentados pelos professores. Os dois grupos apresentaram diferentes níveis de informações conceituais e de práticas em prevenção de doenças crônico-degenerativas, os passaram pela formação valorizaram o enfoque transversal e investigativo, relacionados ao desenvolvimento de hábitos, comportamentos, atitudes e valores. Por meio da triangulação dos dados, ficou confirmada a existência de obstáculos internos e externos à atuação docente, que interferem na evolução da concepção e prática, manifestada nas atitudes pelas simplificações do saber, que os conduzem a pensamentos dicotômicos e fragmentados. Conclui-se que a grande maioria dos professores não está informada quanto ao impacto da morbi-mortalidade por doença cardiovascular, e o valor atribuído se faz por conhecimento pessoal. Programas de capacitação devem considerar prioritariamente a forma de abordagem, em vez da extensão e profundidade dos conteúdos. O conhecimento do professor pode evoluir se houver formação continuada que o coloque em situação de diálogo e reflexão sobre sua concepção e prática. Os docentes capacitados adotam mais facilmente em sua práxis, a metodologia dialógica atuando como agente formador de atitudes e valores em estilo de vida saudável para a prevenção da doença cardiovascular. Os programas informam, motivam, promovem ações, mas não alcançam o último estágio de manutenção e empoderamento. Os professores necessitam da presença da universidade para que o conhecimento novo, em termos de ação, possa se manter e se consolidar de forma adequada a cada realidade. Para a implementação de programas o cenário ideal deve mesclar o conhecimento específico do educador com os conhecimentos das experiências dos especialistas em saúde, pondo em discussão os obstáculos de formação didático-pedagógicos que o impede de evoluir.