Boas práticas em experimentação animal: inovações para o ensino ético em ciência de animais de laboratório

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Zanatto, Dennis Albert
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-15122023-110827/
Resumo: A evolução dos métodos alternativos ao uso de animais desde os anos 1950 foi impulsionada pelas mudanças sociais nas décadas seguintes. Isso resultou em regulamentações mais rigorosas a partir dos anos 1980, seguindo os princípios dos 3Rs (redução, refinamento e substituição). Embora em cursos da área biomédica, incluindo a Medicina Veterinária, o uso de animais vivos no ensino ainda seja crucial para o aprendizado de procedimentos, desafios éticos e técnicos surgiram devido ao estresse e riscos associados ao manejo inadequado de animais. Isso reforçou a necessidade implementar métodos alternativos que garantam aprendizado eficaz e bem-estar animal simultaneamente. Com base nas tendências educacionais e nos avanços em alternativas ao uso de animais vivos, tornou-se essencial desenvolver inovações para o ensino ético e o treinamento em ciência de animais de laboratório, abrangendo tanto contextos acadêmicos quanto profissionais. Nesse sentido, o presente estudo apresentou duas patentes e uma plataforma online para treinamento de procedimentos em animais de laboratório. A primeira patente consiste em um modelo anatômico de roedor feito de tecido de couro natural, composto por 3 moldes sobrepostos. Esse modelo imita a pele de um rato de laboratório e é destinado ao treinamento preciso de procedimentos, incluindo a inserção de agulhas e o manuseio de seringas. A segunda patente é um modelo de cauda de rato feito de borracha de silicone, com um tubo interno transparente que simula as veias laterais da cauda. Esse modelo tem como objetivo servir como ferramenta de treinamento para técnicas de administração intravenosa e coleta de sangue em ratos de laboratório. Além disso, foi desenvolvida e implementada a plataforma BPEA (Boas Práticas em Experimentação Animal, https://sites.usp.br/bpeanimal/), uma ferramenta online que complementa o ensino, sendo apresentada aos usuários demonstrações em vídeo de procedimentos em ratos e camundongos de laboratório. Essas demonstrações têm o propósito de anteceder aulas práticas ou o treinamento de procedimentos com animais vivos. Destaca-se que abordagens inovadoras e humanitárias são essenciais em atividades de ensino e pesquisa que envolvam o uso de animais. A implementação de recursos educacionais, como a plataforma BPEA e os modelos anatômicos, não apenas melhoram a experiência de aprendizado, mas também reduzem o estresse animal, também promovendo maior engajamento dos alunos. Além disso, a qualidade do ensino pode ser aprimorada, uma vez que esses métodos oferecem oportunidades para treinamento individualizado em procedimentos antes inacessíveis. Os resultados evidenciaram a aceitação favorável da plataforma BPEA por alunos de graduação do curso de medicina veterinária. A interface visual detalhada possibilitou a compreensão eficaz de procedimentos desafiadores, como injeções intravenosas. Em resumo, a transformação do ensino de ciência de animais de laboratório a partir de abordagens humanitárias e inovadoras é eficaz, com destaque para a excelente aceitação dos recursos no ensino. A convergência entre avanços tecnológicos e o bem-estar animal oferece a oportunidade de transformar pesquisa em realizações tangíveis, impulsionando o desenvolvimento contínuo de recursos educacionais em ciências da área biomédica.