Uso de fitorreguladores em pomar de abacateiro (Persea americana Mill.) \'Hass\' cultivado em condições de sequeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Brogio, Bruna do Amaral
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-25082017-085559/
Resumo: Embora o Brasil apresente grande potencial para a expansão da cultura do abacateiro, sobretudo devido as condições edafoclimáticas favoráveis, sua produção ainda é restrita no país, principalmente devido a fatores limitantes, como a não adoção do adensamento nos pomares comerciais e de manejos agronômicos que favoreçam a produção e qualidade de frutos; a presença de Phytophthora cinnamomi, principal patógeno que afeta a cultura em todo o mundo; o fato da grande maioria dos pomares comerciais serem cultivados sob condições de sequeiro; e devido a fatores inerentes a ecofisiologia da planta, como vigor excessivo, baixa fixação de frutos e a dificuldade em controlar a alternância de produção. A aplicação de fitorreguladores é um manejo importante e com bons resultados, nos pomares comerciais dos principais países produtores, sendo esta uma técnica que visa melhorar a produtividade, incrementar o tamanho dos frutos, diminuir a alternância produtiva e reduzir o vigor vegetativo. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o efeito de distintos fitorreguladores no desenvolvimento vegetativo, produção, eficiência e alternância produtiva, tamanho e formato de frutos e na qualidade pós-colheita de abacateiros \'Hass\' não irrigados. Entre 2013 e 2016, foram avaliados sete tratamentos via pulverização foliar: T1: água (testemunha); T2: 250 mg.L-1 Viviful® (68,75 mg.L-1 prohexadione-cálcio); T3: 0,7% Cultar® 250 SC (0,175% paclobutrazol); T4: 0,7% Sunny® (0,035% uniconazole); T5: 1% Moddus® (0,25% etil-trinexapac); T6: 1250 mg.L-1 MaxCel® (25 mg.L-1 6- benziladenina) aplicados no florescimento; e T7: 125 mg.L-1 ProGibb® 400 (50 mg.L-1 ácido giberélico) aplicado no início do mês de dezembro antes da segunda queda natural de frutos. O delineamento experimental foi conduzido em blocos ao acaso, com 7 tratamentos, 4 repetições e 2 plantas por parcela. Nos distintos tratamentos foram avaliados: tamanho da planta; crescimento dos brotos de primavera; produção, tamanho e formato de frutos e a qualidade pós-colheita. Os fitorreguladores utilizados não afetaram significativamente o desenvolvimento vegetativo, a eficiência produtiva e a produção de frutos, bem como não influenciaram na qualidade pós-colheita dos mesmos. O inibidor de giberelina uniconazole (T4) foi o responsável por reduzir significativamente o crescimento dos brotos de primavera durante os três anos de avaliações. A citocinina 6-benziladenina (T6) reduziu de forma significativa a alternância produtiva de abacateiros \'Hass\' enquanto o uniconazole (T4), prohexadione-cálcio (T2) e 6-benziladenina (T6) aumentaram significativamente o tamanho dos frutos. A maioria dos fitorreguladores utilizados modificaram o formato dos frutos, tornando-os mais arredondados, com destaque para o efeito do etil-trinexapac (T5). A aplicação dos distintos fitorreguladores se apresentam inconstantes ao longo dos anos de pesquisa e não afetam número, produção de frutos (Kg.planta-1) e eficiência produtiva de abacateiros \'Hass\' não irrigados.