Eventos adversos pós-vacinais encaminhados a um ambulatório de referência terciária: um estudo retrospectivo descritivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Redondo, Larissa da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-08112022-180139/
Resumo: Introdução: Evento adverso pós vacina (EAPV) é qualquer ocorrência médica indesejada após a vacinação, não possuindo necessariamente uma relação causal com o uso de uma vacina, no período de até 30 dias após a vacinação. A maior parte dos eventos adversos pós vacina descritos são leves e/ou esperados, oriundos da estimulação do sistema imunológico. Porém uma minoria dos casos evolui com eventos adversos graves, necessitando avaliação especializada. O ambulatório de reação vacinal da HC FMRP-USP recebe a demanda dos pacientes que necessitam de avaliação de risco para o processo de vacinação, seja por histórico de evento adverso pós vacina ou por fazer parte de grupo de risco para determinada vacina. Objetivo: Descrever a rotina de atendimento do ambulatório de reação vacinal do HC FMRP-USP (descrição dos casos, manejo das situações de risco e procedimentos realizados), durante o período de 14 julho de 2016 à 13 de junho de 2019. Método: Estudo retrospectivo descritivo realizado através de análise de prontuário eletrônico. Resultados: Foram analisados um total de 254 pacientes de todas as faixas etárias, 87 (34%) encaminhados após EAPV e 167 (66%) encaminhados para avaliação de risco à vacinação. Após avaliação dos casos houve contraindicação de vacina para 2 (0,8%) pacientes; 90 (35,4%) pacientes apresentavam risco de EAPV igual ao da população em geral, sendo encaminhados para seguimento em UBS; 150 (59,1%) pacientes foram encaminhados para procedimento de vacinação assistida; e 12 (4,7%) pacientes não apresentavam necessidade de mais dose da vacina envolvida no EAPV relatado. Foram realizados 153 procedimentos de vacinação assistida, e houve apenas 4 (2,6%) eventos adversos leves após o procedimento. Conclusão: O presente estudo corrobora a ampla segurança das vacinas adotadas pelo Programa Nacional de Imunização à medida que identifica incidência muito baixa de reações adversas pós-vacinais mesmo em uma população de risco mais elevado para tais ocorrências.