Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1983 |
Autor(a) principal: |
Ferraz, Suely Martinelli Gusman |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11138/tde-20220208-033326/
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Resumo: |
Este trabalho teve como objetivo principal identificar as influências que o plantio consorciado poderia ter sobre o processo de fixação biológica do nitrogênio pelo feijoeiro, além de saber qual a contribuição que a inoculação de Rhizobiwn phaseoli teria para o feijão e o milho consorciados. Para alcançar tais objetivos foi conduzido um experimento de campo no Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo. O delineamento utilizado foi o de blocos casualizados com duas repetições, segundo um esquema fatorial 2x2x3+3, ou seja, foram avaliadas duas cultivares de feijão: Carioca e Rio Tibagi, com e sem inoculação em três níveis de nitrogênio: 0, 20 e 40 kg/ha de N; e adicionalmente o milho em monocultivo nos três níveis de nitrogênio. Em experimento adicional foram avaliados também os mesmos tratamentos do sistema consorciado para o feijão em monocultivo. No sistema consorciado as duas culturas foram semeadas na mesma linha de plantio, na densidade de 3,3 e 13,3 plantas/metro de milho e feijão respectivamente. Para a avaliação do crescimento e da fixação do nitrogênio foram coletadas amostras periódicas das plantas de milho e feijão. Em cada amostragem foi determinado o peso seco e o teor de nitrogênio na parte aérea das plantas e, o peso e número de nódulos nas raízes do feijoeiro. Por ocasião da colheita foram anotados ainda stand final, o número de vagens do feijão, o índice de espiga de milho e o teor de proteína nos grãos de milho e as respectivas produções de grão. Não se verificou efeito do nitrogênio mineral na simbiose feijoeiro - R. phaseoli, considerado em termos da produtividade de grãos de feijão. O feijoeiro não apresentou resposta significativa aos níveis de N aplicados, já no milho esta resposta foi linear e, a cada quilo de N mineral adicionado, houve um incremento na produção de grãos de 47 e 49 kg para o cultivo associado com o feijoeiro inoculado e não inoculado, respectivamente. Houve resposta significativa ã inoculação do feijoeiro, incrementando sua produção de grãos nos dois sistemas de cultivo. Ocorreu interação significativa entre a inoculação e a cultivar de feijão, sendo que para a cultivar carioca, quando inoculada, o incremento na produtividade de grãos foi de 72% e25% para o monocultivo e cultivo associado, respectivamente. Este efeito de inoculação não foi significativo para a cultivar Rio Tibagi. Apesar da eficiência da inoculação no feijoeiro, não se verificou efeito do nitrogênio fixado pela leguminosa no desempenho do milho consorciado. Os resultados apresentados e discutidos neste trabalho, estando de acordo com muitos outros autores, mostraram que o cultivo associado milho-feijão e uma prática que contribui para uma maior produção de alimentos por área que os respectivos monocultivos, evidenciando a importância de mais estudos da fixação simbiótica do nitrogênio neste sistema de cultivo para incrementar sua eficiência. |