Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Leina Moura Carneiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/38/38131/tde-25102022-135129/
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Resumo: |
O presente trabalho investiga a origem morfológica dos receptáculos seminais do táxon Astacidea, discute as terminologias utilizadas na denominação desses órgãos e sugere a utilização de alguns deles como sinapomorfias em filogenias. O estudo baseou-se na análise do esqueleto axial de espécies pertencentes ao acervo do Museu de Zoologia de São Paulo. Um total de dezessete espécies foram utilizadas: Enoplometopus antillensis Lütken, 1865, Homarus americanus H.Milne Edwards, 1837, Metanephrops rubellus (Moreira, 1903), Nephrops norvegicus (Linnaeus, 1758), Nephropsis aculeata Smith, 1881, Nephropsis agassizii Milne-Edwards, 1880, Nephropsis rosea Spence Bate, 1888, Nephropsis stewarti Wood-Mason, 1872, Orconectes limosus (Rafinesque, 1817), Procambarus clarkii (Girard, 1852), Astacoides betsileoensis Petit, 1923, Parastacus saffordi Faxon, 1898, Parastacus brasiliensis von Martens, 1869, Parastacus pilimanus (von Martens, 1869) Parastacus varicosus Faxon, 1898, Astacus astacus (Linaneus, 1758) e Pontastacus leptodactylus (Eschscholtz, 1823). Os exemplares foram tratados com Hidróxido de Potássio (KOH) para maceração e remoção das partes moles do corpo, visando melhorar a observação dos caracteres morfológicos sexuais, e depois, foram submetidos a análises de tomografia computadorizada. Os receptáculos seminais de todas as espécies foram descritos a partir da interpretação das imagens geradas por tomografia e observações ao estereoscópio. Posteriormente, realizamos uma análise filogenética adicionando os caracteres morfológicos dos receptáculos seminais recém descritos, e utilizando como base o trabalho de Anhyong (2006). Foram obtidos 45 caracteres morfológicos em 21 táxons e o grupo externo composto pela espécie Neoglyphea inopinata Forest & de Saint Laurent, 1975. Obtivemos sete árvores com 112 passos. O índice de consistência (IC) foi de 53, e o índice de retenção (IR) foi de 68. Descrevemos pela primeira vez a presença de espermateca em oito espécies distribuídas em quatro gêneros, mostramos pela primeira vez novas estruturas nesses órgãos, como por exemplo, espinhos que supostamente fixam o material espermático e a presença do material espermático dentro de uma espermateca. O monofiletismo dos Astacidea (Homarida + Astacida) foi recuperado. Recuperamos também o monofiletismo de Astacida e Cambaridae. Para Homarida, sugerimos que a presença de espermateca (Senso Tavares & Secretan 1993) seja utilizada como sinapomorfia. |