Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Sanchez, Paula Cristina de Faria |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5133/tde-25082023-145122/
|
Resumo: |
O melanoma cutâneo é uma doença multifatorial associada a fatores genéticos, imunológicos e ambientais. Usualmente afeta indivíduos acima de 50 anos, sendo incomum em crianças, adolescentes e adultos jovens. O melanoma em pré-púberes é muito raro e apresenta baixa mortalidade. Já em adolescentes e adultos jovens (15 e 39 anos), apresenta peculiaridades em seus padrões de distribuição e perfil genético. A patogênese dos melanomas cutâneos tem sido relacionada a duas vias moleculares - a via MAP kinase, implicada em mecanismos de proliferação e sobrevivência celular e a via CDKN2A que tem influência sobre a regulação do ciclo celular; essa última é relatada como importante no desenvolvimento de melanomas em pacientes jovens. Considerando a relevância dessa neoplasia na área da dermatologia, sua raridade em pacientes jovens e as lacunas de conhecimento do tema, o presente estudo teve como objetivos: 1) mapear a incidência de melanoma nas faixas etárias de 0 a 14 anos e de 15 a 39 e correlacionar os aspectos epidemiológicos aso clínicopatológicos; 2) analisar os perfis de expressão das vias MAP kinase e CDKN2A por meio de estudo imunoistoquímico; 3) sequenciar os casos de melanomas em jovens por meio da técnica Next Generation Sequencing (NGS) para avaliação do perfil de mutações dessas lesões. Nosso estudo mostrou a maior prevalência de melanomas no tronco de indivíduos com 15 a 39 anos e sua relação com exposição solar aguda e intermitente. O tipo histológico mais prevalente foi o extensivo superficial de Breslow menor que 1 mm. Não foi observada correlação estatística entre perda da expressão do p16 na imunoistoquímica e a espessura de Breslow. Destaca-se, portanto, a importância de avaliar a perda da expressão de p16 nos melanomas em adolescentes e adultos jovens e/ou com histórico familiar , a fim de direcionar esses casos para estudo genético da mutação em CDKN2A. Em relação ao NGS, dos 14 testados, 8 apresentaram mutações em BRAF, 2 não apresentaram nenhuma variante. Outras mutações encontradas foram: IDH1, RET, ERBB2, PDGFRA, EGFR, HRAS e KRAS. Concluímos que a melhor compreensão dessas vias poderá fornecer informações para o manejo clínico desses indivíduos e esclarecer a interação entre fatores ambientais e genéticos na patogênese do melanoma em pacientes jovens |