Impacto do tratamento quimioterápico no estado nutricional e no comportamento alimentar de pacientes com neoplasia mamária e suas consequências na qualidade de vida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Verde, Sara Maria Moreira Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-07032007-114040/
Resumo: Introdução: A neoplasia maligna da mama é o segundo tipo de câncer que mais atinge a população brasileira e a principal causa de morte entre as mulheres. Em pacientes com neoplasia mamária o tratamento quimioterápico adjuvante tem sido associado à alteração no estado nutricional, pois pode promover modificação no peso e na composição corporal, além de contribuir para o desenvolvimento de aversões alimentares e alterações na qualidade de vida. Objetivo: Avaliar o impacto do tratamento quimioterápico no estado nutricional e comportamento alimentar de pacientes com neoplasia mamária e suas conseqüências na qualidade de vida. Métodos: Participaram do estudo 25 pacientes, 46(9) anos, pré e pós-menopausadas, com diagnóstico de câncer de mama em estadiamento clínico (EC) I e II, atendidas no Departamento de Mastologia do Hospital AC Camargo – São Paulo, submetidas à cirurgia e ao tratamento quimioterápico adjuvante. As pacientes foram avaliadas em dois momentos: T0 – antes e T1 – após o tratamento quimioterápico. Foram realizadas: avaliação nutricional (peso, índice de massa corporal e composição corporal); avaliação de ingestão alimentar com 3 recordatórios de 24h (R24h); avaliação de aversão alimentar e avaliação de qualidade de vida. Resultados: Os resultados mostraram que o tratamento quimioterápico esteve associado ao aumento no peso das pacientes (2,2 kg; p<0,0001). Essa variação refletiu as diferenças significativas observadas nos valores IMC (1,0 kg/m2; p=0,00) e promoveu aumento no percentual de pacientes obesas (4%) entre os momentos T0 e T1. Os percentuais de água, gordura e massa magra entre os dois momentos permaneceram inalterados. Ao contrário, o ângulo de fase mostrou redução (-0,40; p=0,00). A ingestão de nutrientes não apresentou alteração significativa após o tratamento. Entretanto, foi verificada redução significativa no consumo de alimentos do grupo das Frutas e Sucos (p=0,03). Foram observadas aversões alimentares no grupo de bebidas (escore= -5,04; p= 0,00) e 52% das pacientes citaram pelo menos um alimento ou grupo como indicativo de aversão. Em relação à qualidade de vida foi verificada redução no aspecto de bem-estar físico (escore=-3,47; p=0,00). O estado nutricional não apresentou correlação significativa com qualidade de vida. Porém alguns aspectos do comportamento alimentar foram mutuamente correlacionados com a qualidade de vida Conclusões: O tratamento quimioterápico em mulheres com câncer de mama promoveu ganho de peso associado à redução no ângulo de fase. Estas variáveis em associação às alterações no consumo alimentar e na qualidade de vida reduzida agravam os prognósticos clínico e social dessa população.