Histonas de glândulas salivares de Rhynchosciara americana: caracterização e síntese

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1976
Autor(a) principal: Pueyo, Manuel Troyano
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/46/46131/tde-18112014-091410/
Resumo: Histonas de glândulas salivares de larvas de Rhynchosciara americana foram extraídas de preparações de núcleos e de cromatina purificada e analisadas por eletroforese em géis de acrilamida. As mobilidades eletroforéticas das histonas ARE e GRR são idênticas e as das histonas KAP, LAR e KAS são levemente diferentes das histonas correspondentes encontradas em vertebrados. É particularmente interessante o comportamento da histona KAP de R. americana, que possui em géis de poliacrilamida mobilidade menor que a histona correspondente do timo de bezerro. Verificou-se, por análise em géis de poliacrilamida-SDS que o peso molecular desta histona é igual a 33.000 daltons, valor maior que o da histona correspondente de timo de bezerro e de outros vertebrados (21.000 a 25.000 daltons). Este resultado coincide com dados obtidos por outros investigadores em Drosophila e Acheta. Isto sugere que o maior peso molecular da histona KAP possa ser uma característica geral dos insetos. Verificou-se, por experimentos da dupla marcação com lísina- 14 C e triptofano-3 H, que a síntese de histonas em glândulas salivares de larvas de R. americana, ocorre no citoplasma em pequenos polirríbossomos contendo 3-4 ribossomos. Estes polirribissomos são particularmente ativos na síntese de histonas por ocasião da abertura máxima do puff B-2 na extremidade proximal da glândula,quando é máxima a síntese de DNA. O estudo da síntese das várias frações de histonas durante os 6-7 dias finais do período larval mostra um estreito acoplamento entre a síntese dessas frações e a do DNA. Não foram detectadas variações relativas na síntese de nenhuma das frações de histonas durante este período. Os resultados deste estudo sugerem também que algumas das frações de histonas são modificadas durante o desenvolvimento. Estas modificações podem ser correlacionadas com o aparecimento dos \"puffs de DNA\" nos cromossomos das células glandulares. Foi também estudada a síntese de histonas em larvas jovens (fim do segundo período do 4o estádio) injetadas com ecdisterona. Observou-se, conforme esperado de resultados anteriores, que a injeção do hormônio causou grande estímulo na síntese de DNA. Contudo, não houve estímulo apreciável na síntese de histonas. Estes resultados sugerem que a cromatina formada nestas condições é deficiente em histonas. Nestas experiências notou-se também, que após tratamentos com hormônio durante 44 horas ocorre uma profunda modificação nos perfis de radioatividade de histonas recém sintetizadas analisadas em géis de poliacrilamida. Sugere-se que a alteração desses perfis se deva à modificação química de alguma histona induzida pelo hormônio.