Influência da frequência de aplicação da solução de AmF/NaF/SnCl2 no seu potencial em inibir a progressão da lesão de erosão no esmalte dental humano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Camila Vieira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
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Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23134/tde-19012016-161307/
Resumo: Apesar de diversos estudos demonstrarem resultados promissores da utilização da solução de AmF/NaF/SnCl2 na inibição da progressão da lesão de erosão dental, medidas que visam melhorar ainda mais sua eficácia são fundamentais. Sendo assim, este estudo in vitro e in situ se propôs a avaliar se o efeito protetor dessa solução pode ser potencializado pelo aumento da frequência de uso. Para tanto, foram obtidas, a partir de terceiros molares humanos hígidos, sessenta amostras de esmalte dental humano para o estudo in vitro (4 X 4 X 1 mm), e noventa e seis para o in situ (3 X 3 X 1 mm). Após a formação de lesão erosiva incipiente nas amostras in vitro, (ácido cítrico a 1%, pH 4,0, durante 3 minutos), estas foram divididas nos 5 grupos de tratamentos (n=12): G1 - água destilada (controle negativo); G2 - solução de NaF (controle positivo) 1x/dia; G3 - solução de NaF (controle positivo) 2x/dia; G4 - solução de AmF/NaF/SnCl2 1x/dia; G5 - solução de AmF/NaF/SnCl2 2x/dia. As amostras foram então submetidas a 5 dias de ciclagem erosiva através de 6 imersões diárias de 2 minutos em solução de ácido cítrico (0,05M, pH 2.6). Ao final da ciclagem erosiva, foi realizada a determinação do desgaste de superfície por meio de Perfilometria óptica. Para realização do desafio erosivo in situ, as amostras também foram submetidas à formação da lesão incipiente, com a mesma metodologia do in vitro. Doze voluntários participaram do estudo in situ e cruzado, dividido em quatro fases de 5 dias cada, os quais utilizaram um dispositivo removível inferior unilateral contendo 2 amostras de esmalte dental humano erodido, que foram trocadas a cada fase. As amostras foram divididas em 4 grupos de tratamentos (n=12), os mesmos utilizados na etapa in vitro, com exceção do grupo da solução de NaF 2x/dia. Durante a fase experimental in situ o dispositivo contendo as amostras foi submetido à ciclagem erosiva (ex vivo) semelhante à etapa in vitro. Ao final de cada fase experimental in situ, as amostras foram removidas do dispositivo e analisadas através de perfilometria, e foram consideradas as médias das amostras em duplicata para a análise estatística. A ANOVA mostrou que o desgaste superficial foi afetado pelos tratamentos avaliados tanto in vitro quanto in situ (p?0,001), com nível de significância de 5%. No estudo in vitro, o teste de Tukey demonstrou que não houve diferença entre os grupos de aplicação do NaF 1 (16,21 ±1,56) ou 2 vezes (15,39 ±1,01), que apresentaram redução limitada no desgaste quando comparado ao grupo da água destilada (20,36 ±1,56); já entre os grupos da solução AmF/NaF/SnCl2 houve diferença entre aplicação 1 (10,40 ±2,36) e 2 vezes (7,27 ±3,29), e que apesar de ambos demonstrarem redução significativa da perda de substrato, o aumento da frequência aumentou este potencial anti-erosivo. Na parte in situ, a solução de NaF não demonstrou capacidade de reduzir o desgaste, e apesar de não ter havido diferença significante entre os grupos AmF/NaF/SnCl2 1 (2,64 ±1,55) e 2 vezes (1,34 ±1,16), esta solução foi eficaz na redução do desgaste erosivo em comparação aos grupos NaF (4,59 ±2,13) e água destilada (4,55 ±2,75). A solução de AmF/NaF/SnCl2 demostrou se eficaz em proteger o esmalte da progressão da erosão dental, e o aumento da frequência potencializou seu efeito anti-erosivo tanto in vitro, quanto in situ.