Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Vaccari, Ulisses Razzante |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-13092012-110401/
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Resumo: |
A presente tese procura expor as linhas gerais do projeto estético de Hölderlin, tal como ele procurou realizá-lo entre 1793 e 1797. Anunciado em diversas cartas como uma tentativa de encontrar o princípio esclarecedor das oposições do espírito, tais como natureza e liberdade, sujeito e objeto, eu e não-eu, esse projeto estético toma por base a relação entre filosofia e poesia tal como a estabeleceu Kant na Crítica da Faculdade de Julgar, em especial na seção em que trata das ideias estéticas, da imaginação produtiva e do gênio, bem como aquela estabelecedia por Schiller em Sobre graça e dignidade, na medida em que este último procura fundar uma estética objetiva a partir dos esforços iniciados por Kant nesse mesmo sentido. Mas é principalmente ao entrar em contato com a filosofia da Doutrina-da-ciência, de Fichte, que Hölderlin vislumbra todo o potencial dessa relação entre filosofia e poesia. Em sua obra, afinal, Fichte atribui à imaginação criadora um papel ainda mais importante do que Kant, na medida em que, para aquele, a imaginação constitui a origem das separações encontradas no eu. O fato, porém, de que Hölderlin não realiza sua anunciada estética na forma teórica não impede de vê-la executada poeticamente em seu romance de formação Hipérion ou o eremita na Grécia. Assim como o filósofo da Doutrina-da-ciência reduz as oposições encontradas no eu à imaginação por meio do método da determinação recíproca, também Hipérion, na medida em que realiza a passagem da natureza para o âmbito da liberdade e da poesia, é capaz de unificar as oposições próprias da via excêntrica. |