Análise do perfil de metilação dos genes LDLR, APOB e PCSK-9 em portadores de Hipercolesterolemia Familiar sem alterações moleculares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Zorzo, Renato Augusto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17144/tde-09042021-104033/
Resumo: A Hipercolesterolemia Familiar (HF) é uma doença autossômica codominante que tem prevalência estimada de 1:500 na população geral. Quando não diagnosticada precocemente, seus desfechos na doença arterial coronariana e encefálica tendem a ter apresentação precoce, com alto risco de morte. Sua origem está relacionada a mutação nos genes LDLR, APOB e PCSK-9, entretanto em 20 a 40% dos casos não são encontradas alterações estruturais nesses genes. A hipótese deste estudo é que, nesses pacientes, um evento epigenético, especificamente padrões de DNA metilados, poderiam explicar a origem do fenótipo. O grupo de estudo foi composto por 47 amostras de DNA de pacientes com diagnóstico clínico de HF pelos Critérios da Dutch Lipid Clinic Network (DCLN) e com estudo de metilação negativo para os três genes. O grupo controle foi composto por 46 amostras de pacientes com lipidograma normal. As amostras foram submetidas a pesquisa de metilação das regiões promotoras dos genes LDLR, APOB e PCSK-9. As prevalências de doentes entre os expostos e entre os não expostos foram comparadas. Não foram observadas diferenças com significância estatísticas nos padrões de metilação dos genes APOB e PCSK-9. No gene LDLR, houve presença de metilação total em 47 amostras no grupo de estudo e em 29 no grupo controle. A prevalência de doentes entre os expostos foi 61,8% e entre os não expostos 15%. A razão de prevalências encontrada foi 4,12 (IC95% 1,43-11,88). Levando em consideração o papel fisiológico do gene LDLR no metabolismo das lipoproteínas, concluímos que esse resultado aponta para uma possível associação entre o perfil de metilação do gene LDLR e a apresentação clínica da HF nos pacientes que não apresentam alterações estruturais nos genes relacionados à doença.