Revisão taxonômica e filogenia das espécies sul-americanas de Chelidae (Testudines, Pleurodira)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Friol, Natália Rizzo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-24092019-101002/
Resumo: As espécie sul-americanas de Chelidae são historicamente contextualizadas entre confusões taxonômicas e escassas inferências filogenéticas. Esse estudo propôs uma primeira revisão taxonômica e hipótese filogenética incluindo todas as espécies sul-americanas dessa família. Para tanto, todos os espécimes foram analisados quanto à morfologia externa e osteologia. Além disso, Chelus, Platemys, Mesoclemmys e Phrynops geoffroanus foram analisados também através da morfometria linear, e somente as diferentes populações de Chelus e P. geoffroanus, foram analisadas através da morfometria geométrica. As populações de Chelus provenientes das bacias do Amazonas, Orinoco e Guiana apresentaram distinções quanto às diferenças nas suturas do plastrão e largura do parietal. Na morfometria geométrica, as populações do Amazonas e Orinoco também demonstraram diferenças significativas na forma da carapaça. Entretanto, não foi tomada uma decisão acerca de mudança taxonômica, pois são necessárias maiores evidências para tal proposta. através da análise multivariada canônica, as populações de Mesoclemmys sensu lato demonstraram uma separação entre as espécies de cabeça pequena e de cabeça grande. Portanto, como M. gibba é a espécie-tipo desse gênero, somente M. gibba e M. perplexa são parte dele. A partir disso, Batrachemys é revalidado para incluir as outras espécies atualmente posicionadas em Mesoclemmys, incluindo M. vanderhaegei, que não apresentou sustentação morfológica para ser incluída no gênero monotípico Bufocephala. Já entre as populações de Mesoclemmys vanderhaegei distribuídas fora da bacia do Paraguai, somente as populações do São Francisco e do leste de São Paulo apresentaram variação nas medidas da cabeça que as potencializam como possíveis espécies novas. Entretanto, nenhuma dessas populações são parte da espécie B. vanderhaegei. Dentro do complexo geoffroanus a população da bacia do Paraná é claramente uma espécie nova, e é revalidada aqui, como P. carunculata. Em contrapartida, a espécie P. tuberosus foi sinonimizada em P. geoffroanus por fazer parte da mesma bacia e não apresentar diferenças morfológicas que a sustentem como espécie distinta. E, por fim, a subespécie Platemys platycephala melanonota apresentou sobreposição morfométrica e de coloração e foi sinonimizada em Platemys platycephala