As formações territoriais na terra indígena Lalima, Miranda/MS: os significados históricos e culturais da fase Jacadigo da tradição pantanal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Bespalez, Eduardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/71/71131/tde-15102014-154541/
Resumo: Baseado nas pesquisas arqueológicas e etnoarqueológicas em curso na Terra Indígena Lalima, formada por índios Guaikuru, Terena, Kinikinao e Laiana, em Miranda/MS, no Pantanal, esta tese proporciona outra perspectiva histórica e cultural sobre os registros arqueológicos formados majoritariamente por fragmentos de vasilhas cerâmicas classificados na Fase Jacadigo da Tradição Pantanal. Inicialmente, a Fase Jacadigo foi associada aos indígenas Mbaya-Guaikuru, categorizados como pastores, que se estabeleceram territorialmente na região de Corumbá/MS no período colonial. Sem embargo, as investigações arqueológicas em Lalima - pautadas por atividades de levantamento arqueológico, coleta de materiais em superfície e subsuperfície, datações arqueológicas, análises dos materiais, principalmente cerâmicos, e informações etnográficas de caráter etno-histórico - indicam que a Fase Jacadigo pode estar associada a trajetórias históricas de formação territorial entre os períodos pré-histórico e colonial, por povos indígenas portadores de subsistência mista, conhecedores de técnicas de cultivo, e, porventura, originados, assim como a configuração etnográfica atual, através da interação cultural entre populações chaquenhas e Arawak.