Reúso de água em sistemas aeroportuários utilizando o processo de ultrafiltração.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Rodrigues, Luana Di Beo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3147/tde-18072013-144315/
Resumo: O intenso crescimento populacional associado à demanda excessiva de água, principalmente em grandes centros urbanos, tem comprometido de forma significativa os recursos hídricos tornando-os escassos em muitas regiões. Frente a este cenário a adoção de medidas que proporcionem a conservação da água nas diversas atividades nas quais ela é utilizada é de grande relevância. Neste contexto, medidas como o uso racional e a prática do reúso de água são opções que devem ser consideradas para combater a escassez induzida. No caso do reúso de água é possível utilizar efluentes, tratados ou não, como fonte alternativa às demandas para usos menos restritivos, preservando a água de melhor qualidade para aplicações mais nobres, como o consumo humano. Assim, neste trabalho foi avaliada a viabilidade técnica da utilização de efluentes secundários submetidos ao tratamento complementar por membranas de ultrafiltração, do tipo fibra oca, para atendimento de demandas não potáveis em sistemas aeroportuários. O estudo foi desenvolvido através da operação de uma unidade piloto de membranas, instalada na saída do sistema de esgotamento sanitário do Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos Governador André Franco Montoro. Por meio de ensaios específicos as condições ótimas de operação foram estabelecidas, pressão de 0,9 bar (90 kPa), frequência de retrolavagem de 40 minutos e frequência de limpeza de 200 h, sendo que a taxa de recuperação de água no sistema permaneceu em torno de 70%. O desempenho do sistema em relação à remoção de contaminantes foi avaliado verificando-se as porcentagens de remoção de Cor, Turbidez, DBO5,20, DQO, Carbono Orgânico Dissolvido, Absorbância de radiação UV (254 nm) e Coliformes Termotolerantes, obtendo-se remoções de 89%, 99%, 70%, 78%, 80%, 36% e 100%, respectivamente. Com base nos resultados das análises foi possível concluir que a água produzida pelo sistema de membranas apresenta potencial para atender aos seguintes usos não potáveis: irrigação de áreas verdes, descargas em bacias sanitárias e mictórios, lavagem de pitas e reserva para combate a incêndios. Como a água produzida pelo sistema de membranas apresentou concentrações elevadas de Nitrogênio Amoniacal, Fosfato e Matéria Orgânica recomenda-se um estudo mais detalhado da estação de tratamento biológico, antes de utilizar para atender a esse fim.