Avaliação in vitro do papel da catalase em diversas concentrações na adesividade do material restaurador à dentina clareada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Buendia, Silvia Helena
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23135/tde-25112011-121405/
Resumo: As alterações cromáticas dos dentes têm etiologia diversa e podem surgir da atuação de fatores intrínsecos e extrínsecos. As alterações decorrentes de fatores intrínsecos, por sua vez, podem ser classificadas como de natureza congênita ou adquiridas. Estas últimas podem manifestar-se antes ou após a erupção do dente e incluem as alterações cromáticas dos dentes portadores de polpa morta e dos dentes endodonticamente tratados. Procedimentos inadequados durante o tratamento endodôntico, como deixar permanecer restos necróticos no interior da câmara coronária após a cirurgia de acesso ou o emprego de substâncias medicamentosas na forma de medicação intracanal ou de cimento obturador, podem promover a pigmentação da coroa. Em 1850, Dwinelle propôs o emprego de uma bolinha de algodão impregnada de peróxido de hidrogênio a 30% que deveria permanecer no interior da câmara coronária entre duas sessões clínicas. Os primeiros efeitos adversos do tratamento clareador foram descritos por Harrington & Natkin em 1979 ao relatarem 4 casos clínicos de reabsorções radiculares cervicais externas. Entre outros efeitos adversos têm-se relatado a diminuição da adesividade do material restaurador à dentina clareada por falhas de ordem tanto adesiva como coesiva. Segundo os pesquisadores tal efeito estaria relacionado às alterações microestruturais e à presença de oxigênio residual na dentina que interfeririam com a polimerização do material restaurador. Em 1993 Rotstein utilizou in vitro a enzima Catalase para impedir sua difusão de oxigênio para a superfície radicular externa. No atual experimento avaliou-se o papel da Catalase na neutralização de peróxido de hidrogênio residual com vistas a devolver ao dente suas características normais de adesividade. Os resultados mostraram haver diferenças estatisticamente significantes entre as soluções de 10mg e 250mg e entre as soluções de 50mg e 250mg, quanto à adesividade do material restaurador, de tal forma que a solução de 250mg promoveu maiores valores de resistência adesiva tanto em relação a de 10mg como em relação a de 50mg. Não verificou-se diferenças estatisticamente significantes entre os grupos experimentais e seus respectivos grupos controle. Dadas as condições experimentais concluiu-se que a Catalase na concentração de 250mg restaurou a adesividade da estrutura dentinária clareada.