Olhares sobre o ano de 1968 nas lentes das revistas O Cruzeiro e Flama: uma abordagem da análise do discurso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Carvalho, Maria Teresa Nastri de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-06022009-174119/
Resumo: Este trabalho teve por objetivo geral verificar a relação do homem com a sociedade, por meio da linguagem. Assim, partiu-se para revistas de variedades, que circulavam no Brasil e em Portugal em 1968 O Cruzeiro e Flama. Especificamente, objetivou-se detectar a polifonia, bem como o dialogismo que perpassavam os textos das mencionadas revistas, a fim de que se conseguisse depreender o ethos das publicações, assim como o ethos dos colaboradores das revistas, além do ethos das próprias pessoas envolvidas nos fatos noticiados. A polifonia detectada não proporcionou, entretanto, a depreensão da ideologia de cada uma das publicações, o que pode demonstrar um posicionamento de obediência frente à censura imposta pelos dois países naquele ano ou mesmo retratar opções e interesses dos proprietários de O Cruzeiro e da Flama. A pesquisa realizou-se com base teórica na Análise do Discurso de linha francesa e, não de forma central, mas consubstanciada também por teorias lingüísticas que enfocam a interação e em autores que, de algum modo, apresentam-se afinados com alguns preceitos da AD, em especial Bakhtin, sendo bastante importantes também Charadeau e Maingueneau. A confluência dessas teorias propiciou (re) ver um ano tão marcante tanto em termos de mudanças comportamentais, como em termos políticos. Por meio das revistas e amparo da teoria apresentada, traçou-se um percurso historiográfico do ano, nos dois países. Levando em conta as categorias citadas, a análise possibilitou uma visão mais ampla de cada uma das revistas. Concluiu-se que muito do ano de 1968, no tocante ao aspecto político, foi apresentado de modo parcial e não contou com um fio ideológico claramente definido tanto numa quanto em outra publicação.