Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Meira, Danjone Regina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-01122020-190812/
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Resumo: |
Nesta tese apresenta-se uma análise da questão da essência da arte segundo a perspectiva ontológica de Martin Heidegger. No primeiro capítulo, intitulado \"Arte e essência\", a compreensão da arte é investigada a partir da sua relação primordial com a questão do caminho do pensamento de Heidegger: a questão do \"ser\". Busca-se destacar que a análise da pergunta pela essência da arte concretiza-se tendo como ponto de partida a questão do caminho ontológico que permeia todo o pensar de Heidegger. Enfatizamos que o pensador do \"ser\", mesmo após a virada (Kehre) no seu pensamento, permanece com uma compreensão fenomenológica da arte. Assim, a fim de entender-se a arte essencialmente faz-se imprescindível voltar-se o pensamento essencial para o enigma da arte. Após expormos uma questão de método e caminho na análise da arte em Heidegger, busca-se refletir acerca dos pilares da interface entre a arte e a \"Poesia\" (Dichtung) e como esta interface contribuiu para a compreensão ontológica da arte. Nessa perspectiva, propõe-se ressaltar que o pensador do \"ser\" entende a \"Poesia\" (Dichtung) e a própria essência sob a influência do poeta dos poetas: Friedrich Hölderlin, instaurando, desse modo, a marcha do pensamento para um novo princípio na história que considera, inclusive, o enigma da arte em sua essência. Heidegger consagra tal marcha do pensamento para o essencial ao enfatizar que a \"arte é \'Poesia\' (Dichtung)\". A partir disso, buscamos destacar que a perspectiva ontológica da arte em Heidegger, após a virada, constitui uma perspectiva ontológica poética e, é somente através de uma perspectiva ontológica poética que se pode pensar, de maneira originária, o modo da fundação da verdade do \"ser\" na arte e a sua concretização na obra de arte, segundo Heidegger. No segundo capítulo, elucidaremos, então, a questão do ente, poético e \"Dasein\". Pensaremos também sobre a interface entre a arte e o espaço, considerando a compreensão de Heidegger sobre as artes plásticas. Além disso, refletiremos sobre a inspiração de Hölderlin no caminho de Heidegger acerca do poético. Com isso, no terceiro capítulo buscaremos pensar sobre a dimensão da fundação ou da essenciação poética da verdade do \"ser\" na história considerando a interface: palavra, linguagem e mito. Defendemos que a questão primordial do pensamento de Heidegger: a pergunta pelo \"ser\" e o seu modo de acontecimento mostra-se em círculo no caminhar de Heidegger. O pensador do \"ser\" caminha em círculo ao voltar o pensamento para a questão da essenciação poética da verdade do \"ser\". Assim, a verdade do \"ser\" essencializa-se poeticamente na arte e, inclusive, no mito. Buscaremos, portanto, refletir sobre a importância daquilo que intitulamos: \"perspectiva ontológica poética\" em Heidegger na compreensão da arte em sua essência. |