Prospecção química e estudo do potencial fotoprotetor e imunomodulador do fungo endofitico Arthrinium sp. isolado da alga Phaeurus antarcticus

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Jordão, Ana Carolina
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Antarctic Continent; Arthrinium sp.; Atividade biológica; Biological activity; Continente Antártico; Endophytic fungi; Fungos endofíticos; Marine natural products; Produtos naturais marinhos
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60138/tde-29062021-152019/

O ambiente marinho é vasto e apresenta uma enorme biodiversidade, onde organismos se adaptaram de forma excelente à situação extrema do ecossistema. Essa biodiversidade adaptada às condições inóspitas resultou em compostos químicos diferenciados e de grande importância para a medicina humana. Vários fármacos de origem marinha já se encontram no mercado farmacêutico, e muitos candidatos se encontram em testes clínicos e pré-clínicos. O continente Antártico também é um ambiente extremo inóspito. O interesse aos organismos antárticos em particular vem crescendo devido às suas habilidades de sobreviver neste ambiente severo. Em virtude disso, o presente trabalho teve como objeto de estudo o fungo Arthrinium sp. endofítico da alga antártica Phaeurus antarcticus, com o objetivo de isolar e identificar metabólitos secundários e avaliá-los quanto ao potencial fotoprotetor e de modulação de produção de ERO por neutrófilos. Cinco substâncias foram isoladas, entre elas três xantonas já relatadas como sendo produzidas por espécies de Arthrinium: a 2,3,6,8-tetraidroxi-1-metilxantona, a 2,3,4,6,8-pentaidroxi-1-metilxantona e a 3,6,8-triidroxi-1-metilxantona; e outras duas substâncias com relato inédito nesta espécie de fungo: o álcool 3-hidroxibenzílico e a 6,8-diidroxi-3-(2-hidroxipropil) isocumarina. As substâncias E.p5 e F.p8 mostraram um efeito de absorção na faixa do UV potencial, assim como o extrato e algumas frações. Com isso, conclui-se que o fungo Arthrinium sp. é uma ótima fonte de novos produtos naturais, e estudos mais aprofundados são necessários para descoberta de metabólitos novos e bioativos, não descartando o seu potencial efeito fotoprotetor e de modulação na produção de ERO.