Filosofia no ensino médio e o problema da formação política: uma discussão sob a perspectiva da teoria crítica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Deina, Wanderley José
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-29012009-145425/
Resumo: Qual o papel a ser desempenhado pela Filosofia no Ensino Médio? Partindo desta questão, tendo como base a Teoria Crítica da Escola de Frankfurt, este trabalho defende a tese de que a principal contribuição da filosofia para a educação reside em seu caráter eminentemente político. O seu ensino deve contribuir para a formação política dos estudantes, proporcionando um esclarecimento sobre as forças que pretendem guiá-los de forma heterônoma, para que eles possam construir a sua própria autonomia, tornando-se plenamente cidadãos, responsáveis por si e por toda a sociedade. O esclarecimento é entendido, à maneira de Kant, como a saída do homem de sua auto-inculpável menoridade. Para que a educação proporcione uma formação para a maioridade, o professor de Filosofia precisa articular-se com os demais educadores para a construção de uma educação crítica que reconheça a sua essência política. As principais forças da heteronomia, nas sociedades modernas, são representadas pela indústria cultural e pela racionalidade instrumental, que determinam de forma direta e indireta todo o processo educativo tradicional. Por isso, a disciplina de Filosofia precisa refletir, filosofando com os estudantes, sobre o caráter reacionário que a cultura pode assumir, quando fabricada pela indústria cultural. Ela precisa ser uma filosofia para a contradição e para a resistência às forças da heteronomia, para proporcionar aos estudantes as possibilidades concretas de emancipação, não apenas individual, mas de toda a humanidade.