Análise de modelos de escolha discreta espaciais para escolha de modo em viagens a pé na cidade de São Paulo.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Rosa, Paulo Júnio Moura
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3138/tde-18042024-092020/
Resumo: A análise do comportamento de viagens é uma das tradicionais áreas de estudos na literatura de Engenharia de Transportes. Apesar disso, ainda existe uma ausência de estudos na literatura quanto à modelagem de escolha de modos de viagens considerando o modo a pé como referência. Os modelos de escolha modal identificados na literatura são majoritariamente de base econométrica, e trabalhos incorporando os efeitos de dependência espacial nas modelagens têm sido utilizados para análise do fenômeno de viagens pelo modo a pé desde o início dos anos 2000. Nos estudos que incorporam estes efeitos, os resultados evidenciam uma melhora no desempenho dos modelos, além de viabilizar melhor compreensão sobre como as escolhas dos indivíduos e os aspectos que influenciam na escolha se relacionam no espaço. O objetivo principal deste estudo analisar a dependência espacial na escolha pelo modo a pé em viagens urbanas por motivo trabalho e estudo. A análise é feita utilizando modelos de escolha discreta espaciais e não espaciais, considerando os efeitos presentes na variável explicativa, por meio da abordagem RUM. Os resultados obtidos são relacionados a modelos logit tradicionais e logit espaciais nas variáveis explicativas. Ao se analisar os modelos estimados, o modelo espacial defasado nas variáveis explicativas (Spatial Lag of X, SLX) com matriz de vizinhança com critério de distância de 500 metros apresenta melhor desempenho. Os coeficientes dos atributos dos modos e do ambiente construído significativo é o tempo de viagem pelo modo a pé (WALK), os atributos sociodemográficos significativos são idade, grau de instrução e quantidade de automóveis, enquanto para os atributos espaciais apenas o critério de renda mais baixo é significativo. A análise do fenômeno permite a possibilidade de seu uso em políticas públicas, principalmente ao identificar os atributos de maior impacto na escolha, em especial o atributo que indica uma dependência espacial entre os indivíduos de maiores rendas quanto à escolha do modo a pé para viagens urbanas no contexto de São Paulo.