Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Brunhari, Marcos Vinicius |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-08032016-145127/
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Resumo: |
O trabalho O ato suicida e sua falha traz como questão central, a partir do escopo psicanalítico, o estatuto de ato do suicídio e o a posteriori de sua falha. Aposta-se na possibilidade de abordagem pela via da psicanálise de um fato que pode se manifestar de forma extrema e disruptiva e que, em um primeiro momento, aproxima-se daquilo que se caracteriza por uma extração considerável de palavra. Segue-se assim o objetivo de estruturar um campo conceitual orientado por Freud e Lacan, desde o qual se torna hábil organizar a questão acerca do momento do ato suicida e o estatuto disto que falha. Dada a amplitude dessa problemática, busca-se, por meio de uma redução encaminhada pela seleção de elementos específicos, traçar um percurso que permite situar uma teoria freudiana do suicídio que toma como pontos de firmamento o campo do ato e a metapsicologia da melancolia. Na sequência, tendo como pontos balizadores o Seminário, livro 10 A angústia (1962-63) e o Seminário, livro 15 O ato psicanalítico (1967-68), considera-se o suicídio circunscrito por Lacan aos parâmetros do ato pela conceituação de passagem ao ato e acting out. A hipótese de uma teoria freudiana do suicídio, firmada sobre os pilares conceituais de ato e melancolia, tem como eixo aquilo que escapa ao que é da ordem do representável e que se apresenta como um insuportável. Assim, recorre-se a Lacan com o objetivo de aprofundar esta problemática defendendo uma continuidade teórica entre a teoria freudiana do suicídio e a conceituação de passagem ao ato e acting out desde a asserção do objeto a. Este insuportável que perpassa a teoria freudiana do suicídio como da ordem de um irrepresentável encontra na conceituação lacaniana de objeto a um articulador. Este objeto como protagonista é definidor de uma temporalidade em que são diferenciados o momento do ato, do triunfo do a, e o depois em que o Outro se espraia como horizonte e onde o sujeito se reposiciona. É neste horizonte que a falha do ato pode ser viabilizada enquanto significante e isso apenas pode ser feito por aquele que sobre isso fala. Propõe-se que o ato suicida só pode ser valorado tal como pelo sujeito que, após a ruptura, se posiciona frente a seu ato e tem a possibilidade de então se implicar de maneira singular |