Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Pateo, Felipe Vella |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/84/84131/tde-18122012-120347/
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Resumo: |
A formação de empreendimentos denominados econômicos solidários tem ganhado crescente notoriedade e importância nas sociedades latino-americanas nos últimos 30 anos. A partir da apresentação dos condicionantes socioeconômicos latino-americanos (especialmente para o Brasil e Argentina) da emergência e permanência destes empreendimentos, o presente trabalho busca indagar se este processo tem as características de um vir a ser que indica caminhos para fora do sistema capitalista. Iniciamos traçando as semelhanças e diferenças entre duas concepções de socialismo, a do marxismo autonomista com a de teóricos da economia solidária, e analisando algumas experiências históricas concretas. Posteriormente, discutimos o conceito de empreendimento econômico solidário e o que o diferencia de outras empresas, abordando de um lado as dificuldades que estes podem ter para sobreviver à competição com estas no mercado e de outro as possibilidades abertas por tentativas de imposição de critérios sociais sobre a racionalidade econômica em alguns mercados específicos. A partir desta discussão teórica e da apresentação do contexto social (formado pelas organizações e associações dos trabalhadores da economia solidária e os atores com quem eles se relacionam) onde estes empreendimentos se inserem, realizamos um estudo de múltiplos casos com quatro empreendimentos solidários (dois do Brasil e dois da Argentina). Por meio deste estudo constatamos tendências de aumento do controle dos trabalhadores sobre o processo de trabalho e sobre o significado do fruto de seu trabalho. Concluímos que os empreendimentos conseguem realizar movimentos de desalienação, porém guardam dentro de si a interação contraditória entre o processo de luta autônoma e o processo de apropriação pelo capital. Nos casos em que prevalece a primeira tendência, eles podem contribuir para pressionar as contradições da realidade e representar avanços discretos, mas não por isso pouco importantes, no processo de construção da sociedade socialista. |