Influência da aplicação repetida de forças na rigidez de peças fletidas de madeira lamelada colada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Souza, Clara Gaspar Fossi de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18158/tde-18092023-095254/
Resumo: A madeira lamelada colada (MLC) tem sido amplamente utilizada em aplicações estruturais devido à sua alta resistência e versatilidade. Conhecer o comportamento mecânico da MLC sob forças repetidas, tópico que se constitui em lacuna na área do conhecimento em que se insere, é de suma importância para garantir a durabilidade e o desempenho a longo prazo das estruturas de madeira. Este estudo tem como objetivo avaliar a influência das forças cíclicas sobre a rigidez da MLC quando os elementos estruturais estão submetidos à flexão, situação estrutural frequente dentre as aplicações usuais do referido produto. Investigações experimentais foram conduzidas com duas espécies de madeira, sendo elas Marupá (Simarouba amara) e Pequiá (Caryocar villosum), e um adesivo entre os usualmente empregados pela indústria do setor à base de fenol-resorcinol Cascophen RS-216-M (CASCO®, Hexion). Os valores do módulo de elasticidade na flexão (E), obtidos antes da aplicação cíclica das forças, foram utilizados como referência para a construção do gráfico do módulo de elasticidade pelo número de ciclos [E × Nc]. Foram adotados os seguintes números de ciclos: de 0, 10, 100, 1.000, 86.400, 172.800, 345.600, 691.200, para frequência de 1Hz e 2Hz. Os resultados indicam que a aplicação repetida de forças não afeta significativamente a rigidez das peças de MLC. As madeiras selecionadas para esta pesquisa estão dentro do intervalo de densidade aparente estabelecido pelo documento normativo NBR7190/2022-1: Critérios de dimensionamento. À medida que o número de ciclos e frequência aumentou, os corpos de prova apresentaram rigidez próximas umas das outras. No gráfico de dispersão na madeira de Marupá para frequência de 1 Hz e 2 Hz o valor de R² foi de 2,08 e 24,67% respectivamente, na madeira de Pequiá para frequência de 1 Hz e 2 Hz o valor de R² foi de 38,86 e 11,95% respectivamente, o que mostra que os resultados não tem dependência linear entre as variáveis. Como não ocorreram danos aparentes nos corpos de prova ensaiados, foi conveniente avaliar a ocorrência de danos na linha de cola, em função do número de ciclos, aspecto que igualmente não foi identificado. Desse modo, as madeiras estudadas estão aptas para fabricação de MLC.