Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Nicoletti, André Gustavo Bombana |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-07052009-174303/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: O blefaroespasmo essencial é uma distonia focal caracterizada por contrações involuntárias, espasmódicas e bilaterais dos músculos protratores das pálpebras. O glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível em adultos de países desenvolvidos e a elevação da pressão intra-ocular é o maior fator de risco para o desenvolvimento da doença. A contração voluntária forçada das pálpebras pode causar aumentos da pressão intra-ocular de até 90 mmHg. Uma vez que pacientes com blefaroespasmo essencial apresentam contrações palpebrais freqüentes e de forte intensidade, eles poderiam compor um grupo de risco para o desenvolvimento do glaucoma. MÉTODOS: Vinte e oito pacientes com blefaroespasmo essencial e 28 pacientes de grupo controle, formado por indivíduos com doenças palpebrais ou no seu pós-operatório, foram submetidos a um exame oftalmológico completo. No grupo de pacientes com blefaroespasmo, a avaliação foi realizada em 8 a 11 dias após o tratamento com toxina botulínica. Efetuou-se exame de refração e medida de melhor acuidade visual corrigida com tabela de Snellen, biomicroscopia em lâmpada de fenda, tonometria de aplanação, campo visual computadorizado, teste de sobrecarga hídrica e biomicroscopia de fundo para avaliação da papila óptica. RESULTADOS: 1) A prevalência de glaucoma nos pacientes com blefaroespasmo foi significativamente maior do que nos indivíduos do grupo controle, sendo diagnosticada em 14,3% e 3,6% dos casos, respectivamente (p=0,008). 2) A pressão intra-ocular foi significativamente maior nos pacientes com blefaroespasmo (15,80 ± 3,80 mmHg) do que nos indivíduos do grupo controle (13,90 ± 2,75 mmHg) (p= 0,004). 3) O pico da pressão intra-ocular na prova de sobrecarga hídrica foi significativamente maior nos pacientes com blefaroespasmo essencial (18,82 ± 4,47 mmHg) do que nos indivíduos do grupo controle (16,27 ± 2,69 mmHg) (p=0,0421). DISCUSSÃO: Diversos estudos descreveram a influência da compressão palpebral sobre a pressão intra-ocular. A prova de sobrecarga hídrica tem sido considerada uma ferramenta indireta para se avaliar a capacidade do fluxo de drenagem do trabeculado, além de exibir correlação com os picos de pressão intra-ocular que muitas vezes não são detectados em exames de rotina. Os pacientes com blefaroespasmo essencial apresentaram pressões intra -oculares e picos de pressão intra-ocular na prova de sobrecarga hídrica mais elevados do que os pacientes do grupo controle, o que poderia indicar um baixo fluxo de drenagem. Estas altíssimas variações de pressão intra -ocular a que estes indivíduos são submetidos constantemente, em pacientes com menor fluxo de drenagem poderiam causar um aumento crônico da pressão intra -ocular e o desenvolvimento do glaucoma. CONCLUSÕES: Os resultados observados sugerem que estes pacientes compõem um grupo de risco para o desenvolvimento de glaucoma e esta doença deve ser pesquisada de maneira sistemática na avaliação inicial e durante o seguimento desses casos |