Contribuição da ultra-sonografia para o diagnóstico das alterações histopatológicas presentes na hepatite C crônica, com ênfase na esteatose hepática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Matsuoka, Marcia Wang
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5151/tde-05082008-142925/
Resumo: INTRODUÇÃO: A utilização da ultra-sonografia (USG) como método de diagnóstico por imagem na avaliação das afecções abdominais, em particular para o acompanhamento de pacientes portadores de hepatite C crônica, vem sendo rotineiramente empregada. Neste trabalho, avaliamos a contribuição da USG na avaliação das alterações histopatológicas encontradas neste grupo de doentes, com ênfase para a esteatose hepática (EH), afecção bastante freqüente na hepatite causada pelo vírus C. MÉTODO: Comparamos os achados ultra-sonográficos de 192 pacientes consecutivos, portadores de hepatite crônica pelo vírus C, submetidos à biópsia hepática, com os achados histopatológicos dos fragmentos hepáticos obtidos. Todos os pacientes foram biopsiados sob orientação USG, sendo a ultra-sonografia assim como a biópsia hepática realizadas cada qual por um médico especialista e sempre o mesmo. Todos os exames ultra-sonográficos obedeceram a um mesmo protocolo, sendo analisados os seguintes parâmetros ultra-sonográficos: 1) com relação às características ecográficas do parênquima: ecogenicidade, ecotextura e atenuação; 2) com relação à utilização da USG para o diagnóstico da EH: biometria da parede abdominal, dimensões e contornos hepáticos. Posteriormente os pacientes estudados foram agrupados em: A) grupo com alterações ultra-sonográficas e B) sem alterações ultra-sonográficas, e comparados com as alterações histopatológicas presentes. Foram realizados também cálculos de regressão logística com os parâmetros USG avaliados para a avaliação da acurácia deste método de imagem para o diagnóstico da EH. RESULTADOS: Entre as alterações histopatológicas presentes, a alteração arquitetural e a EH apresentaram diferença estatística significante entre os grupos A (com alterações USG) e B (sem alterações USG). Observou-se também diferença estatística significante entre: a) espessura da parede abdominal e as dimensões hepáticas com relação à presença de EH, b) contornos hepáticos irregulares e a presença de EH. E dentre os componentes ultra-sonográficos avaliados, a atenuação foi o que apresentou melhor correlação com a EH. A utilização das variáveis idade, sexo, atenuação, espessura da parede abdominal e dimensões hepáticas, foram as que apresentaram melhores resultados nos cálculos de regressão logística, com sensibilidade de 60,5% e especificidade de 83,9% em diagnosticar EH. CONCLUSÕES: Neste trabalho, o estudo ultra-sonográfico do fígado de pacientes com hepatite C crônica apresentou correlação com as alterações arquiteturais e com a EH encontradas na histopatologia. A utilização da USG para o diagnóstico da EH apresentou relação estatística com a espessura da parede abdominal, dimensões e contornos hepáticos, e a atenuação foi o melhor componente ultra-sonográfico para o diagnóstico da EH.