Podridão mole em madeira de Tabebuia sp. (Ipê) em torre de resfriamento de água: identificação e avaliação da capacidade de degradação dos fungos e alterações na estrutura anatômica da madeira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1998
Autor(a) principal: Brazolin, Sérgio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11149/tde-20191218-162427/
Resumo: A madeira de Tabebuia sp. - Ipê - é considerada de alta durabilidade natural aos fungos apodrecedores, sendo frequentemente utilizada em ambientes agressivos, como torres de resfriamento de água de indústrias químicas e petroquímicas brasileiras. As análises macro e microscópicas de amostras de madeira de Tabebuia sp. do eliminador de respingos e do enchimento de uma torre de resfriamento, com cerca de 23 anos em operação, revelaram a colonização por fungos de podridão mole. O ataque ocorreu de forma generalizada no madeiramento da torre, embora mais intenso e evidente, sob macroscopia, nos seus níveis inferiores. Sob microscopia, o ataque na madeira foi identificado como podridão mole tipo 1, confirmado pela formação de cavidades na parede celular, com diferentes formas e tamanhos. Este ataque restringiu-se às fibras, não sendo observado nas células dos parênquimas radial e axial e nos vasos. Foram isolados 51 fungos da madeira de Tabebuia sp., pertencentes à Subdivisão Deuteromycotina e aos gêneros Acremonium, Fusarium, Gliocladium, Penicillium, Phialophora, Pullularia, Tipo-Moniliella, Trichoderma e Verticillium. Os fungos dos gêneros Acremonium, Phialophora e Trichoderma foram os mais frequentes. Corpos-de-prova de Eucalyptus grandis e Pinus elliottii foram inoculados com os fungos isolados para avaliar sua capacidade de degradação. A análise da estrutura microscópica desses corpos-de-prova mostrou que os fungos Fusarium oxysporum, Gliocladium spp., Tipo-moniliella, Penicillium sp. Pullularia pullulans, Trichoderma spp. e Verticillium sp. não formaram cavidades típicas de podridão mole nas paredes das células do lenho. Por outro lado, Acremonium sp., A. kiliense, Phialophora sp. e Phialophora butyrii causaram podridão mole nas madeiras de E. grandis e P. elliottii, constituindo-se em importantes organismos deterioradores na torre de resfriamento. A avaliação da perda de massa (%) das madeiras submetidas) aos fungos de podridão mole mostrou que o E. grandis foi mais susceptível do que o P. elliotti, corroborando resultados de pesquisas que comprovaram a susceptibilidade das madeiras de folhosas aos fungos de podridão mole em relação às de coníferas. Dos fungos isolados, 2 cepas de A. kiliense apresentaram maior capacidade de degradação dessas madeiras, sugerindo-se sua utilização na avaliação da durabilidade natural de madeiras de coníferas e folhosas, em condições laboratoriais