Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Francisco Zmekhol Nascimento de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27158/tde-27022019-153133/
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Resumo: |
O amplo abandono da tonalidade funcional no início do séc. XX possibilitou, por um lado, a emergência de uma enorme diversidade de procedimentos e abordagens à composição musical, mas implicou, por outro, na abdicação de possibilidades de estruturação formal propiciadas pela tonalidade, tais como as relações funcionais entre seções formais, a representação de regiões tonais por acordes ou notas, ou a ressignificação harmônica de acordes e notas mediante a modulação. O presente trabalho tem por objetivo propor meios pelos quais se possa conciliar tais possibilidades de estruturação formal a procedimentos e abordagens à composição que, ao menos a princípio, independam da tonalidade funcional. Considerando-se que os resultados composicionais de abordagens alternativas à tonalidade tendam a não manifestar os caracteres morfológicos (tais como a base triádica dos acordes, ou a base diatônica das regiões tonais) tradicionalmente atrelados às possibilidades de estruturação formal em que estamos interessados, colocamo-nos duas principais questões que orientam este trabalho. Primeiramente, investigamos quais seriam os princípios em que estariam fundadas as relações funcionais e, nos históricos fundamentos morfológicos da tonalidade, quais seriam seus aspectos cruciais para a manutenção de tais princípios. Assim, visamos verificar como e em que medida tais fundamentos morfológicos seriam passíveis de flexibilização, ou supridos já por fundamentos mais elementares. Em segundo lugar, amparados sobretudo por Schoenberg e por uma concepção estendida de sua noção de \'emancipação da dissonância\', investigamos o desenvolvimento histórico da tonalidade, visando verificar como uma tonalidade expandida poderia dar subsídio para que agregados harmônicos não concebidos funcionalmente pudessem vir a ser a posteriori reportados aos fundamentos da tonalidade funcional. Em meio a esse exame histórico da tonalidade, para além de constatarmos a ampla possibilidade de uma identificação de relações funcionais a posteriori, verificamos ainda: (1) como uma série de procedimentos composicionais a princípio independentes da tonalidade não apenas emergiram ainda em repertório da tradição tonal, como, por vezes, parecem assumir primazia na elaboração de certos acordes e passagens e; (2) como há, em repertório (exemplificamos com Schubert e Strauss), casos em que acordes ou passagens patentemente concebidos por procedimentos alternativos à tonalidade funcional vêm a assumir funcionalidade e a participar, em termos funcionais, da estruturação formal das obras em que se inserem. Na última parte de nosso trabalho, após argumentarmos que funcionalidades assumidas a posteriori tendam a ser ambíguas e dispersas entre si, propomos os meios técnicos pelos quais entendemos: (a) que se possa reconhecer traços de possíveis funcionalidades mesmo em acordes e passagens não concebidos funcionalmente e; (b) como se possa eleger e ressaltar aspectos específicos de tais funcionalidades e elaborá-los composicionalmente, a fim de conceder-lhes participação na estruturação formal das obras em que se insiram. Por fim realizamos relatos composicionais de três peças de minha autoria - duas das quais escritas sobre obras, respectivamente, de Schoenberg e Silvio Ferraz - que exemplifiquem singularmente o tipo de conciliação a que nos propuséramos em nosso objetivo. |