Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Torres, André Leal Gonçalves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5158/tde-24082011-164226/
|
Resumo: |
INTRODUÇÃO: Estudos experimentais e clínicos, realizados por diversos autores, demonstraram a susceptibilidade à compressão nervosa periférica na vigência da diabetes mellitus e modificações na evolução natural da doença após descompressões nervosas cirúrgicas dos sítios propícios a constrição neural. Em membros inferiores, a síndrome do túnel do tarso sobreposta às neuropatias vigentes ainda gera conflitos na literatura. A anatomia do nervo tibial e seus ramos ao nível do terço distal da perna e túnel do tarso apresentam variações importantes que não são contempladas nos livros texto e atlas de anatomia. OBJETIVO: Determinar, através de dissecção em cadáveres frescos, a anatomia topográfica do nervo tibial e seus ramos ao nível do tornozelo, em relação ao túnel do tarso. MATERIAL E MÉTODOS: O estudo foi realizado através da dissecção anatômica bilateral de 26 cadáveres frescos. Foi fixada, entre o cento do maléolo medial e o centro do calcâneo, uma linha de referência (eixo maleolar-calcaneal). Com base nesse eixo as localizações da bifurcação do nervo tibial e dos ramos calcâneos mediais e inferiores foram aferidas em milímetros. Para as bifurcações foi estabelecida uma classificação por tipos de I a V, baseada no posicionamento em relação ao túnel do tarso (definido como dois centímetros proximais e distais ao eixo). Para os ramos calcâneos, a quantidade e seus respectivos nervos de origens também foram analisados. Os resultados foram transformados em taxas (porcentagem) e comparados aos achados de outros estudos. RESULTADOS: Vinte e seis cadáveres (50 pernas) foram pesquisados. A bifurcação do nervo tibial ocorreu sob o túnel em 88% dos casos e proximalmente em 12%. Tivemos o tipo I em 52%, tipo II em 14%, tipo III em 22%, tipo IV em 12% e o tipo V não foi visualizado. Quanto ao ramo calcâneo medial encontramos: um (58%), dois (34%) e três (8%), com a origem mais comum ocorrendo do nervo tibial (90%). De um total de 75 ramos calcâneos mediais dissecados, 40 tiveram sua origem fora do túnel proximalmente (53,3%) e os demais dentro. Com referência ao ramo calcâneo inferior, constatou-se a presença de um único ramo por perna, com 92% emergindo sob o retináculo flexor, 4% proximalmente e 4% distalmente a ele. A origem mais comum foi do nervo plantar lateral (70%), seguida do nervo tibial (18%). CONCLUSÕES: 1- A bifurcação do nervo tibial nos ramos plantares medial e lateral ocorreu sob o retináculo flexor em 88% das pernas, localizando-se, em 70% das vezes, em uma área compreendida entre 10 mm proximais e distais ao EMC. 2- O ramo calcâneo medial apresentou grande variação tanto na sua origem e número de ramos quanto na sua localização em relação ao túnel do tarso. A apresentação de um ramo com origem do nervo tibial, no túnel ou proximalmente a ele, foi a mais observada (58%). 3- O ramo calcâneo inferior esteve sempre presente e com certo grau de variação quanto a sua origem. A apresentação de ramo único oriundo do nervo plantar lateral foi a mais constante (70%) |