Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Silvestre, Ana Carina Saito |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5164/tde-25052023-165839/
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Resumo: |
A sepse apresenta disfunções orgânicas decorrentes de resposta inflamatória desregulada que altera as funções celulares. Esse dano celular ocorre com alterações significativas nas vias metabólicas e na função celular. Proteínas desacopladoras (UCPs) estão localizadas na membrana mitocondrial interna, cumprindo funções dentre as quais estão: produção de calor, regulação da produção de espécies reativas de oxigênio pela mitocôndria. A respiração mitocondrial resulta na extrusão dos prótons (H+) para fora das mitocôndrias e para dentro do espaço intermembrana, estabelecendo o potencial da membrana mitocondrial. UCPs bombeiam prótons do espaço intermembrana para a matriz mitocondrial e, assim, dissipam o gradiente de prótons, reduzem a produção de ATP e diminuem a produção de superóxido. Por isso, as UCPs desempenham funções importantes na regulação redox, nos processos mitocondriais e metabólicos. O presente estudo tem por objetivo avaliar os efeitos da tolerância ao LPS no desacoplamento mitocondrial em modelo experimental de sepse, além de avaliar o dano mitocondrial através da quantidade de mitocôndrias presente no tecido hepático e estudar o consumo de oxigênio em mitocôndrias isoladas de tecido hepático. Foram utilizados camundongos da linhagem Balb/c, machos, de 7 semanas de idade, que foram submetidos ao estímulo de sepse através da técnica de ligadura cecal e punção (cecal ligation and puncture-CLP) e indução de tolerância ao lipopolissacarídeo (LPS) de Escherichia coli. Os animais foram eutanasiados 24 horas após CLP e foi realizada a coleta do material. Os resultados encontrados no presente estudo revelaram elevação dos níveis de UCP-1 em ambos os grupos que passaram pelo procedimento de CLP e a tolerância não modificou a resposta dos animais. Por outro lado, foi observada redução dos níveis de UCP-2 e UCP-3 tanto em fígado quanto em coração dos animais submetidos à CLP, quando comparados aos grupos Controle e Tolerante, sem influência da tolerância também nessas UCPs. A quantificação de DNA mitocondrial revelou que não houve diferença estatística comparando os grupos em análise. Os dados revelaram redução do consumo de oxigênio do grupo CLP no estado 2 quando comparado aos grupos Controle e Tolerante, assim como redução do consumo de oxigênio do grupo CLPT no Estado 2 quando comparados ao grupo Tolerante, indicando um déficit do metabolismo oxidativo nos animais sépticos. Estudos futuros com outros períodos poderão elucidar o ciclo de metabolismo de UCPs na tolerância e na sepse |