Estratégias e fisiologia do consumo e digestão de esponjas (Porifera) por Echinaster brasiliensis (Echinodermata: Asteroidea)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Queiroz, Camila Helena de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41135/tde-24102012-085504/
Resumo: Esponjas são sésseis e possuem um esqueleto constituído por elementos inorgânicos microscópicos (espículas), fibras de colágeno e/ou combinações destes dois componentes. Embora sem proteções físicas evidentes tais como conchas ou espinhos, são pouco predadas, sendo este fato atribuído principalmente a presença de metabólitos secundários ativos. Recentemente, um papel dos componentes esqueléticos como deterrente foi experimentalmente confirmado, mas sua importância relativa ainda é bastante debatida. Algumas estrelas-do-mar são consideradas como espongívoras, e a literatura existente geralmente coloca que a digestão é realizada externamente, sem ingestão do esqueleto da presa. Desta forma, neste trabalho foram verificados o comportamento alimentar da estrela-do-mar Echinaster brasiliensis em relação às esponjas, o destino dos componentes esqueléticos e seus efeitos na fisiologia do organismo. Observações de campo e experimentos em laboratório foram efetuados para determinar a estratégia de consumo utilizada pela estrela. O processo digestivo do material esquelético (espículas e/ou fibras) foi acompanhado até a eliminação. Foi verificado que E. brasiliensis se alimenta de diferentes espécies de esponjas, mas não consome apenas estes organismos, sendo mais generalista do que o suposto. As preferências no consumo das esponjas são determinados por fatores diversos, como a quantidade de matéria orgânica ou formato do organismo predado. A ingestão ocorre com a eversão do estômago, mas ao contrário do descrito para outras espécies, E. brasiliensis ingere componentes esqueléticos, sendo espículas encontradas inseridas no epitélio digestivo. Entretanto, essa ingestão é baixa e aparentemente não causa injúrias severas ao organismo, sendo as espículas descartadas no material fecal