Aspectos biológicos e exigências térmicas em quatro espécies de Chrysopidae (Neuroptera)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Gächter Skanata, Camila Beatriz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-26072018-163612/
Resumo: A família Chrysopidae é a mais diversa dentro da ordem Neuroptera e os crisopídeos são considerados promissores agentes de controle biológico, pois, alimentam-se de uma ampla variedade de pequenos insetos-pragas. O objetivo do presente trabalho foi comparar os aspectos biológicos e reprodutivos, determinar as exigências térmicas e estabelecer o zoneamento climático de quatro espécies de crisopídeos, Chysoperla externa (Hagen), Ceraeochrysa cubana (Hagen), Ceraeochrysa cincta (Schneider) e Ceraeochrysa paraguaria (Navás) para o estado de São Paulo. Os resultados demostraram que, as quatro espécies de crisopídeos conseguiram completar seu período ovo-adulto na faixa térmica de 18 a 32 °C, sendo as melhores viabilidades obtidas entre 20 e 28 °C. Foi observado que a espécie Ch. externa teve um desenvolvimento mais rápido do que as demais espécies em cada estágio de desenvolvimento e período ovo-adulto. Na tabela de vida de fertilidade, o crescimento populacional foi favorecido na faixa térmica de 22 a 28 °C para Ce. cincta, de 22 a 25 °C para Ce. paraguaria, de 25 a 28 °C para Ch. externa e para Ce. cubana na temperatura de 28 °C. As exigências térmicas das espécies indicaram que a temperatura base (Tb) foi de 10,5; 12,95; 11,99; 11,77 °C e a constante térmica de 443,81; 362,7; 399,68 e 314,95 GD para as espécies Ce. cincta, Ce. cubana, Ce. paraguaria e Ch. externa, respectivamente. Mediante as exigências térmicas e o uso de ferramentas computacionais como o Sistema de Informação Geográfica (SIG) foi possível representar de forma espacial o desenvolvimento das quatro espécies de crisopídeos. Devido ao período mais curto de vida, Ch. externa conseguiu completar 14 gerações/ano e as demais espécies de 10 a 11 gerações/ano nas regiões mais quentes do estado de São Paulo. Nas regiões mais frias, o número de gerações anuais estimado para cada espécie foi menor. Além disso, foi observado que entre as espécies estudadas, Ch. externa pode ser indicada para regiões com temperaturas amenas a quentes, Ce. cincta para climas amenos a frios, Ce. paraguaria para regiões com temperaturas amenas e Ce. cubana para regiões com temperaturas quentes . Os dados obtidos neste estudo poderão ser utilizados em criação massal das espécies, auxiliar na previsão de ocorrência dos predadores no campo e escolher quais das espécies se adaptam melhor a determinados climas no ambiente visando o uso destes predadores em programas de Manejo Integrado de Pragas.