Semioses das imersões sci-nestésicas: uma diagramática das obras de arte em espaços expositivos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Machado, Lívia Cristina de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27161/tde-30082021-214208/
Resumo: Esta tese tem como objetivo diagramar possibilidades de experiência e relações fruitivas entre corpos e signos de obras de arte em audiovisualidades de espaços expositivos. Por espaços expositivos entendem-se museus contemporâneos, galerias de arte e institutos culturais. A hipótese é que a possibilidade da imersão nas obras de arte dos espaços expositivos pode ser entendida como sci-nestésica - hipótese esta que é também conceito e esqueleto de relações para a elaboração de uma máquina de inferências e raciocínios lógico - com metodologia estruturada nas semióticas de Charles Peirce e Iuri Lótman e estudos dos processos tradutórios das linguagens. Em tal diagrama, a proposta da imersão sci-nestésica surge a partir de três planos distintos: (i) sinestesia como fenômenos de cruzamentos modais perceptivos, combinatórias de texturas sonoras e visuais e ressonância háptica em experiência corpórea integral, com a diluição da segmentação entre sentidos; (ii) sinestesia como cinestesia, considerando a imagem em movimento como latência corpórea entre a propriocepção, a exploração do corpo perante curadorias e o próprio deslocamento háptico e tradutório proporcionado por obras; (iii) sinestesia como sci-nestesia como uma experiência proporcionada por obras que são geradas por imagens técnicas (numéricas e binárias) e que estabelecem uma relação sistêmica entre corpos e máquinas, em uma sci-nestesia onde a experiência passa necessariamente, em diferentes graus, por digitalizações - seja na mixagem, no processamento, projeção ou no próprio modo de exibição. O desenho icônico-diagramático será proposto de duas formas distintas, mas que se complementam: por meio de uma pirâmide para análises de sinalizações sci-nestésicas quantitativas e fatores para a sci-nestesia, e outro, com uma versão mais qualitativa - não segmentando categorias, mas tentando pontuar uma série de características: (i) traduções intersemióticas por sistemas computacionais; (ii) traduções intersemióticas por componentes subjetivos; (iii) componentes hápticos e combinatória de efeitos; (iv) cinestesias em imagens em movimentos e sistemas multitelas; (v) propriocepção e relações do corpo no espaço curatorial, virtual e digital. Dentre artistas que possuem obras analisadas estão: Vivian Caccuri, Mariana Manhães, VJ Suave, Anri Sala, Bill Viola, Arthur Jafa e obras da Plastic Studios (Bound) e do Culturespaces (Starry Night).