Efeitos do exercício sobre o transporte de secreções, inflamação, resistência do sistema respiratório e qualidade de vida em pacientes com bronquiectasias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Daniele Oliveira dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-01112022-174813/
Resumo: Introdução: Bronquiectasias são caracterizadas pela dilatação anormal, permanente e irreversível dos brônquios. A tosse com produção exacerbada de secreção é o principal sintoma. Os pacientes podem se beneficiar de técnicas de fisioterapia específicas para remoção de secreções, bem como de exercícios, no entanto, poucos estudos descrevem os mecanismos envolvidos nos efeitos benéficos associados a esta intervenção. Objetivo: Avaliar os efeitos do exercício sobre o transporte de secreções, inflamação e resistência do sistema respiratório, sistema nervoso autônomo e suas repercussões sobre a qualidade de vida em pacientes com bronquiectasias. Métodos: Trata-se de um RCT em que voluntários com bronquiectasias (BCQ: n=12) e saudáveis (SAU: n=9) participaram de um Programa de reabilitação Pulmonar (PRP). Foram realizadas avaliação da função pulmonar; tempo de transporte da sacarina (TTS); fração exalada de óxido nítrico (FENO); teste cardiopulmonar (CPET); teste de caminhada de seis minutos (TC6); teste das pressões respiratórias máximas; variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e qualidade de vida (QV). Resultados: A comparação inicial entre os grupos BCQ e SAU mostrou diferença entre todas as variáveis analisadas na espirometria; no IOS entre as variáveis R5-R20, FRES e AX, p<0,02); na PE% (p=0,02) e distância máxima percorrida no TC6 (DMPTC6), p=0,0002, na avaliação inicial. A comparação antes e após o PRP não mostrou diferença para as variáveis FENO, do CPET e VFC. Na avaliação do TTS 58% do grupo BCQ relatou sentir o gosto da sacarina na avaliação inicial, contra 83% na avaliação final. No grupo BCQ houve diferença na DMPTC6 (p<0,001). Conclusão: Como esperado, o PRP foi eficaz para melhorar a tolerância ao exercício no grupo BCQ e este aumento, maior que a DMCI (35m), pode impactar diretamente as AVDs nesses pacientes. Além disso, também houve melhora no transporte mucociliar, que contribui para maior eficácia dos mecanismos de remoção de secreções e melhora da QV destes pacientes.