Coordenação interpessoal e busca visual na execução do chute no futsal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Thiago Augusto Costa de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39136/tde-17102019-094227/
Resumo: O objetivo deste estudo foi investigar como os jogadores de futsal lidavam visualmente com as informações de coordenação interpessoal (I-CI). Participaram do estudo 180 jogadores que disputaram 18 partidas de futsal em ambiente real. Destes, 32 homens e 4 mulheres jogaram usando o sistema de rastreamento ocular eye tracking Tobii Glasses 2. Foram avaliadas 45 sequências de jogo em que os jogadores realizaram chutes, selecionadas a partir de imagens de vídeo digital. Essas sequências de jogo foram analisadas através do software KINOVEA 8.27, do momento em que um companheiro de equipe executou o passe até o momento em que o atacante realizou um chute. Com base nesses procedimentos, as variáveis consideradas para análise foram: o (i) ângulo relativo de chute, formado pela interação entre o chutador, seu defensor mais próximo e o goleiro; (ii) distâncias entre atacante e o defensor e entre o (iii) atacante e o goleiro. Ainda, onde e quando as informações que compõem o ângulo e a distância (goleiro e defensor) estavam no campo visual ao longo da sequência de jogo, foram registradas como informação visual. Elas foram analisadas em termos de variável de busca visual em função do número de vezes em que o olhar foi fixado nessas informações. Com base nos resultados concluiu-se que: (1) somente a fixação do olhar não foi determinante para identificar as I-CI; (2) os participantes focaram o olhar em outras informações que não somente as I-CI; (3) em alguns momentos, os jogadores tomaram decisões reguladas por um mecanismo central e noutras, decidiram a partir do acoplamento percepção-ação; (4) o nível dos jogadores não influenciou como os jogadores lidaram com as informações da busca visual; (5) as velocidades angulares, de distância interpessoal e as variabilidades angulares e de distância interpessoal não influenciaram a busca visual. Em suma, os resultados permitiram considerar que, diferentemente do inferido nos estudos sobre coordenação interpessoal, a busca visual parece não ser sempre determinada pela coordenação interpessoal através da percepção das variáveis ângulo e distância