Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Manuli, Erika Regina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-30082021-144519/
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Resumo: |
A infecção pelo Zika vírus (ZIKV) vem sendo correlacionada, desde 2015, a um importante aumento do número de casos de recém-nascidos com microcefalia e outras malformações congênitas. O Brasil foi o primeiro país a notificar um aumento do número de casos de microcefalia, e a associação causal com a infecção por ZIKV foi embasada por estudos que revelaram de presença do ZIKV em lesões neurológicas de recém-nascidos e o efeito deletério do vírus em modelos animais. A doença é transmitida principalmente por via vetorial, mas pode também ocorrer transmissão por via sexual, congênita e através da transfusão de hemoderivados. O presente estudo visou avaliar o grau de conhecimento sobre a infecção pelo ZIKV e suas formas de prevenção entre mulheres em idade fértil (MIF) não gestantes e entre gestantes de 18 a 45 anos residentes no município do estado de São Paulo e Grande São Paulo, atendidas em unidades de atenção primária. Esses dois grupos foram comparados quanto ao conhecimento sobre a infecção e sobre práticas de prevenção. Além disso, exploramos o impacto da epidemia sobre o planejamento reprodutivo nessa população. Foram incluídas 324 mulheres, sendo 260 MIF não gestantes e 64 gestantes, durante o período de dezembro de 2017 a julho de 2018. O perfil sócio demográfico foi semelhante nos dois grupos de participantes. Dentre as 64 gestantes, 34% haviam planejado a gravidez, 33% relataram que vinham tomando precauções para evitar a gravidez e as 33% restantes não tinham planejado nem evitado; 12 (19%) das gestantes relataram ter adiado a gravidez, e dentre essas 3 o fizeram por medo da infecção pelo ZIKV. O conhecimento a respeito da transmissão vetorial e da potencial ocorrência de malformações congênitas devido ao ZIKV foi elevado em ambos os grupos; entretanto, a maioria (85%) das mulheres não sabia sobre a transmissão do ZIKV por via sexual, sem diferenças entre gestantes e MIF não gestantes. Os resultados obtidos mostram que ações de educação e prevenção do ZIKV nessa população são urgentemente necessárias, dado o risco iminente de recorrência da infecção em nosso meio. |