Elaboração de um Escore de Risco para Síndrome Coronária Aguda em hospital terciário privado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Romano, Edson Renato
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/98/98131/tde-16092013-085403/
Resumo: Introdução: As diretrizes atuais recomendam classificar o risco de doentes com síndrome coronária aguda (SCA), visando a embasar decisões terapêuticas e para informar pacientes e equipe de saúde. Há diversos modelos prognósticos para pacientes com SCA, que, no entanto, podem ter limitações de calibração ou discriminação em função de terem sido elaborados há vários anos e em outras populações. Objetivo: Elaborar escores prognósticos para predição de eventos desfavoráveis em 30 dias e 6 meses, em população não selecionada portadora de SCA, com ou sem supradesnivelamento do segmento ST (SST), atendida em hospital privado terciário. Métodos: Trata-se de uma coorte prospectiva de pacientes recrutados consecutivamente de 1º de agosto de 2009 até 20 de junho de 2012. Definimos como desfecho primário composto a ocorrência de óbito por qualquer causa, infarto ou reinfarto não fatais, acidente vascular cerebral (AVC) não-fatal, parada cardiorrespiratória revertida e sangramento maior. As variáveis preditoras foram selecionadas a partir de dados clínicos, laboratoriais, eletrocardiográficos e da terapêutica. O modelo final foi obtido por meio de regressão logística e submetido à validação interna, utilizando-se técnica de bootstrap. A performance, calibração e discriminação do modelo final foram avaliadas com a estatística Brier escore, o teste de Hosmer-Lemeshow e a área sob a curva ROC (AROC), respectivamente. Resultados: A amostra de desenvolvimento dos escores foi de 760 pacientes, dos quais 132 com diagnóstico de SCA com SST e 628 com SCA sem SST. A média de idade foi de 63,2 anos (± 11,7), sendo 583 homens (76,7%). O modelo final para predição de eventos em 30 dias contém cinco variáveis preditoras: idade >=70 anos, antecedente de neoplasia, fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) ?40%, valor de troponina I > 12,4ng/ml e trombólise química. O valor de P do teste de Hosmer-Lemeshow foi 0,72. Na validação interna, a estatística C foi de 0,71, e Brier escore, 0,06. O modelo final para predição de eventos em 6 meses é composto das seguintes variáveis: antecedente de neoplasia, FEVE <40%, trombólise química, troponina I >14,3ng/ml, creatinina >1,2mg/dl, antecedente de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e hemoglobina <13,5g/dl. O valor de P do teste de Hosmer-Lemeshow foi 0,38. Na validação interna, a estatística C foi de 0,69, e Brier escore, 0,08. Conclusão: Desenvolvemos escores (Escores HCor) de fácil utilização e boa performance para predição de eventos adversos em 30 dias e 6 meses em pacientes com síndrome coronária aguda, com ou sem SST, atendidos em hospital terciário privado.