Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Mello, Marcos Figueiredo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5153/tde-28092021-100819/
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Resumo: |
Introdução: Postula-se que o aumento do metabolismo das proteínas da matriz extracelular está associado à fibrose tecidual no contexto de estenose de junção ureteropélvica (EJUP). O manejo ideal da EJUP permanece discutível. Este estudo casocontrole prospectivo teve como objetivo investigar se os níveis urinários de proteínas da matriz extracelular são úteis para discernir os pacientes com hidronefrose obstrutiva daqueles com hidronefrose não obstrutiva em crianças com hidronefrose unilateral secundária à obstrução ao nível da junção pieloureteral. Métodos: Setenta e quatro pacientes foram incluídos no estudo. Concentrações urinárias de metaloproteinases de matriz extracelular (MMP) -1, -2, -9 e -10 e os inibidores de metaloproteinases (TIMP) -1 e -2, valores absolutos e normalizados pela creatinina (Cr) urinária, bem como as características clínicas (grau de hidronefrose, função renal diferencial e t1 / 2) foram registradas nos seguintes grupos de pacientes de mesma idade: 26 crianças com hidronefrose obstrutiva no diagnóstico inicial e durante o pós-operatório da correção cirúrgica (grupo hidronefrose obstrutiva); 22 crianças com hidronefrose não obstrutiva no momento do diagnóstico e após seis meses de observação (grupo hidronefrose não obstrutiva); e 26 crianças sem qualquer condição do trato urinário (grupo controle). Os resultados foram avaliados estatisticamente usando para grupos homogêneos, uma análise de variância unilateral (ANOVA) e para grupos não paramétricos, teste de Mann-Whitney ou teste de Kruskal-Wallis. Resultados: Comparando as amostras iniciais, MMP-1, MMP-2, MMP-10 TIMP-1 e TIMP-2 apresentaram maior concentração no grupo hidronefrose obstrutiva e menor concentração no grupo controle. Os níveis de MMP-9 foram menores no grupo controle, mas maiores no hidronefrose não obstrutiva. A análise das curvas ROC mostrou um perfil diagnóstico melhor para a detecção de hidronefrose obstrutiva para MMP-2/Cr (área sob a curva ASC - de 0,655), TIMP-1/Cr (ASC - de 0,692) e TIMP-2/Cr (ASC de 0,678). A avaliação dos parâmetros no grupo hidronefrose obstrutiva, no pré e pós-operatório apresentou queda na concentração urinária de TIMP-1 e TIMP-2 e aumento na concentração urinária de MMP-1, MMP- 2, MMP-9 e MMP-10. Todas as proteínas analisadas permaneceram estáveis no grupo hidronefrose não obstrutiva no momento do diagnóstico e após seis meses de observação. Conclusão: Demonstramos que os pacientes pediátricos com hidronefrose obstrutiva apresentam concentrações significativamente maiores de MMP-2, TIMP-1 e TIMP-2. Particularmente, os níveis de TIMP-2 foram correlacionados à gravidade da obstrução e, portanto, pode ser um biomarcador urinário útil para alocar corretamente as crianças com EJUP entre o tratamento cirúrgico e o seguimento conservador. Após a pieloplastia, TIMP-1 e TIMP-2 apresentaram diminuição progressiva no pós-operatório, o que também é altamente desejável para marcadores urinários. |