Terapia fotodinâmica antimicrobiana no tratamento da estomatite protética

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Senna, André Machado de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/85/85134/tde-09052012-145939/
Resumo: A estomatite protética (EP), também designada de candidíase atrófica crônica, é a infecção fúngica bucal mais comum em indivíduos portadores de prótese total. Possui etiologia multifatorial, no entanto a presença de Candida spp. no biofilme da prótese é tida como o fator mais importante para o estabelecimento da EP. Este trabalho teve como objetivo avaliar o tratamento da EP por meio do uso da terapia fotodinâmica antimicrobiana (PDT), mediada pelo azul de metileno. Foram realizados estudos pré-clínicos e clínicos. Protótipos simuladores de prótese total foram confeccionados com polímero de metilmetacrilato, para servir de base para o crescimento do biofilme das seguintes espécies do gênero Candida: C. albicans, C. glabrata, C. dubliniensis, C. krusei, C. tropicalis, C. parapsilosis e C. guilliermondii. Como fotossensibilizador foi utilizada a solução de azul de metileno em uma concentração de 450μg/mL. Os protótipos com os biofilmes foram irradiados com um laser de comprimento de onda de 660 nm, potência de 100 mW, por um tempo de 80 segundos. Para o estudo clínico, os indivíduos foram divididos em dois grupos. O primeiro grupo recebeu tratamento convencional, à base do antifúngico Miconazol. O segundo grupo recebeu como tratamento a PDT. Os resultados pré-clínicos mostraram que todas as espécies do gênero Candida foram susceptíveis à PDT, ocorrendo uma redução de colônias que variou de 2,48 a 3,93 log10. Os resultados clínicos foram avaliados tanto quanto à redução de colônias de Candida spp. na mucosa e na prótese, como quanto à melhora do aspecto clínico da mucosa afetada. Tanto a terapia convencional quanto a PDT foram eficientes em tratar a EP. Não houve diferença estatística significante entre os tratamentos instituídos para nenhum dos fatores avaliados. Assim, concluiu-se que a PDT é efetiva no tratamento da estomatite protética.