Desenvolvimento de vídeo educativo acerca da prevenção e manejo no extravasamento de agentes antineoplásicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Barbosa, Rafael Fernando Mendes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-04092024-095746/
Resumo: O extravasamento é descrito como escape acidental das drogas vesicantes fora do vaso sanguíneo e tecidos circunvizinhos, que pode ocasionar dor, edema, eritema, dano tecidual, formação de bolhas, descamação, necrose tecidual, morbidade significativa que pode exigir intervenção cirúrgica e sequelas muitas vezes limitantes. Estudo de delineamento metodológico, com abordagem quantitativa dos dados, que objetivou desenvolver um vídeo educativo acerca da prevenção e manejo no extravasamento de agentes antineoplásicos. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa e foi realizada em 3 etapas: Etapa I-Elaboração e validação do roteiro e storyboard, Etapa II - Produção do vídeo a partir do roteiro e storyboard validados, Etapa III - Avaliação do vídeo pelo público-alvo, seguindo o referencial teórico de Falkembach, que preconiza 5 fases na produção de vídeo educativo: 1ªanálise e planejamento; 2ª modelagem; 3ª implementação; 4ª avaliação e manutenção; e5ªdistribuição. A produção do conteúdo do roteiro e storyboard seguiu as recomendações definidas pelo Manual de Oncologia Clínica do Brasil, por diretrizes internacionais e de uma revisão de escopo. A validação de conteúdo e aparência foi realizada por um comitê de especialistas. O instrumento apresentou os seguintes quesitos: objetivo; conteúdo; relevância; ambiente; funcionalidade, usabilidade e eficiência, os quais foram considerados validados a partir da concordância de 78% entre os avaliadores, calculada por meio do Índice de Validade de Conteúdo. Entre os especialistas na temática, houve maior prevalência do sexo feminino(77,8%), com idade entre 34 e 62 anos (média de 50,5 anos e desvio padrão de 16,2anos),sendo a maior titulação acadêmica o pós-doutorado (33,7%), e tempo de atuação profissional entre seis e 36 anos (média de 7 anos e desvio padrão de 8,4 anos). Dos especialistas em vídeo, a maioria era do sexo masculino (80%), com idade entre 35 e 43 anos (média de 40anosedesvio padrão de 7,07 anos), com maior número de especialistas (60%) e tempo de atuação profissional entre 10 e 25 anos (média de 17,5 anos e desvio padrão de 10,6 anos). Para todos os quesitos avaliados, obteve-se um Índice de Validade de Conteúdo superior ao mínimo preconizado. Após a adequação do roteiro e storyboard em face da validação, o vídeo foi gravado e, posteriormente avaliado pelo público-alvo, com a participação de onze enfermeiros que atuavam na assistência à pessoa com câncer em tratamento quimioterápico. Houve prevalência do sexo feminino (90,9%), com idade entre 26 e 55 anos e maior titulação acadêmica em nível de especialização (90,9%), sendo que a maioria (90,9%) atuava em serviço de Oncologia. O vídeo educativo foi considerado uma estratégia adequada, pelos juízes especialistas e público-alvo para o ensino das intervenções acerca da prevenção e manejo no extravasamento de agentes antineoplásicos, com potencial para mediar práticas educativas entre estudantes e profissionais de enfermagem. Ademais, esse processo revelou o empoderamento das práxis em enfermagem na criação de materiais educativos digital efetivos, evidenciando novas possibilidades de organizar e gerenciar o cuidado.