Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Souza, Thaís Pinhata de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2139/tde-22082023-124438/
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Resumo: |
Esta tese de doutoramento cuida do instituto da graça no Brasil. A graça esteve presente desde os ordenamentos jurídicos mais primitivos, operando em diferentes momentos para a persecução de diferentes fins, sempre ligados a um ideal de justiça coletiva. Partindo de um espaço religioso, sobreviveu à separação do Direito e da Religião, ao afastamento do direito da moral, e, por fim, às mudanças nos diferentes sistemas de governo e de percepção da coisa pública, chegando ao Estado Democrático de Direito como uma garantia constitucional. Ao longo do texto, afronta-se discursos antigos, que alocam o direito de graça num lugar de oposição em relação ao Estado de Direito, quando, na verdade, essa oposição não existe. Pelo contrário, apoiando-se nos estudos de Hannah Arendt, trata-se do tema do perdão, para com isso, tirá-la desse espaço de oposição e colocá-la no lugar de garantia da superação do passado e de construção de uma ponte com o futuro. Ao fim, conclui-se que, uma vez que a necessidade do exercício do poder de concessão de graça pelo governo deve ser adaptada, em todo o caso, à Constituição e às leis, este não pode excedê-las. |