Geopolítica na fronteira norte do Brasil: o papel das forças armadas nas transformações sócio-espaciais do estado de Roraima

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Silva, Altiva Barbosa da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-28052010-102349/
Resumo: Esta pesquisa analisa os recentes processos de caráter geopolítico que vêm ocorrendo na Amazônia brasileira e confere especial ao papel desempenhado pelas Forças Armadas nas áreas fronteiriças desta região. A argumentação que desenvolvemos volta seu foco para a atuação dos Pelotões Especiais de Fronteira, no contexto sócioeconômico e político de Roraima, no período que vai desde sua implantação do Território Federal, acontecida nos anos de 1940, até os dias atuais. Para que possamos traçar a contento esse panorama, investigamos mais detidamente as políticas de governo estabelecidas após os anos 60, quando as unidades militares assumiram papel central na transformação deste território, definido como estratégico para os eventos que estavam ocorrendo no País e no subcontinente sul americano. Assim, tivemos que dar ênfase a alguns fatos e eventos importantes para podermos demonstrar o papel específico que as Forças Armadas, notadamente, o Exército e a Aeronáutica, desempenharam no cotidiano de Roraima, através de suas ações, de seu ethos, e da atuação da administração direta dos oficiais da Aeronáutica, durante o regime militar. Os resultados que obtivemos nos permitiram constatar que a organização do espaço social de Roraima continua a ser pensada e concebida a milhas de distância deste espaço. Prova disso é que as Forças Armadas ainda desempenham importante papel no Estado, apesar do seu distanciamento corporativo e do antagonismo em conciliar a hierarquia militar com a gestão participativa, base do discurso hegemônico, desde os anos 90. A investigação nos permitiu concluir que as Forças Armadas ainda desfrutam de status e desempenham um papel ainda muito importante na Amazônia. Pode-se a isso acrescentar que, no momento, elas protagonizam um novo e importante papel, que se consubstancia por meio dos Pelotões Especiais de Fronteira/PEF, bem como de outros mecanismos, recentes implantados em áreas importantes à soberania do País, agora também tornadas relevantes pelos seus aspectos ambientais, étnicos e culturais.