Comportamento ambiental de sulfadiazina em solos brasileiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Reia, Marina Yasbek
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-26062013-092955/
Resumo: A manutenção da qualidade do solo como um recurso natural vital à humanidade tem impulsionado a pesquisa sobre a dinâmica ambiental de resíduos de antibióticos veterinários no ambiente. Os processos de sorção, degradação e lixiviação da sulfadiazina (SDZ) foram avaliados em quatro solos com atributos físico-químicos distintos, conforme o uso de técnicas radiométricas e os protocolos da OECD para pesticidas. Os coeficientes de sorção (Kd) da SDZ variaram de baixo a muito alto (2,6 a 80 L kg-1). O seu baixo potencial de dessorção (< 24,2% do sorvido ou < 12,1% do aplicado) ratifica a existência de mecanismos específicos envolvidos na sorção da SDZ, afora as interações eletrostáticas e a partição hidrofóbica apontadas pelos estudos prévios. Em concentrações residuais próximas às encontradas em campo (??84 ?g kg-1), o potencial de sorção da SDZ foi consideravelmente maior do que em altas concentrações. A dissipação da SDZ foi rápida em todos os solos (t1/2 < 2,7 dias) e a formação de resíduos ligados foi a principal via de dissipação, correspondendo a > 78% do aplicado após 7 dias. A taxa média de mineralização foi < 3% do aplicado. A presença do antibiótico não impactou a biomassa do solo, indicando que em doses crônicas os efeitos sejam imperceptíveis em curto prazo. Apesar do potencial de mobilidade, a SDZ apresentou baixo potencial de lixiviação nos solos (< 0,11% do aplicado). Já a redistribuição da SDZ foi maior no perfil dos solos recém-aplicados do que nos envelhecidos e a grande maioria permaneceu nos primeiros 5 cm (> 95 % do aplicado). Nos solos envelhecidos, a sua mobilidade foi praticamente nula (0,06% do aplicado). Os resultados da pesquisa contribuem para elucidar a dinâmica de contaminantes orgânicos em solos intemperizados e ácidos de regiões tropicais, o que poderá auxiliar modelos de avaliações de risco, ações de mitigação, entre outros.