Saturação em cálcio e capacidade de troca de cátions em relação ao crescimento de plantas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1967
Autor(a) principal: Kinjo, Toshiaki
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20231122-093001/
Resumo: Este trabalho foi planejado com a finalidade de estudar o efeito da saturação em cálcio e da capacidade de troca de cátions sôbre o crescimento da planta. Empregaram-se dois tipos de substrato, um constituído de argila-areia e o outro, de terra-areia. A argila foi separada do horizonte C da Série Monte Olimpo e a terra fina, do horizonte B da Série Guamium, respectivamente um solo Hidromórfico e um Latossólico de larga distribuição no Município de Piracicaba. Estas amostras apresentam acidez elevada e baixa saturação em bases. Os níveis de C.T.C. correspondendo a 1,5, 3,0 e 6,0 e.mg por 100 g do substrato, foram obtidos, adicionando-se areia à argila e à terra. Estabeleceram-se 4 graus de saturação em cálcio, isto é, 0, 15, 30 e 60%, em combinação com 15% de saturação em magnésio e 10% de saturação em potássio. Todos os vasos receberam a mesma quantidade de macro e micro-nutrientes. Como planta teste, empregou-se o algodoeiro, tendo o experimento sido realizado em casa-de-vegetação. A parte aérea das plantas foi colhida 5 a 6 semanas após a semeadura. Houve correlação altamente significativa entre os valores de pH e os graus de saturação em bases. A equação de regressão, calculada com dados de pH (y) e porcentagem de saturação em bases (x), foi y = 3,6 + 0,032 x para o substrato argila-areia e y = 4,7 + 0,023 x para o substrato terra-areia. Esta diferença observada foi atribuída à C.T.C. dependente do pH. O crescimento do algodoeiro relacionou-se mais com a saturação em cálcio do que com o teor absoluto deste elemento no substrato argila-areia, para valores de C.T.C. superiores a 3,0 e.mg por 100 g ou acima de 30% de saturação em cálcio. Observou-se que o crescimento do algodoeiro a C.T.C. de 1,5 e.mg foi inferior ao observado nos outros níveis de C.T.C. Observou-se, ainda, um efeito recíproco de bases nas plantas a 30 e 60% de saturação em cálcio. No substrato terra-areia, o algodoeiro não mostrou o efeito dos tratamentos. Em todos os vasos, 4 semanas após a semeadura, notou-se uma paralização no crescimento das plantas. A 60% de saturação em cálcio, o pêso sêco do algodoeiro foi menor do que a 30%, tendo a razão Ca : K nas plantas indicado provável carência de potássio. A presença de óxido de ferro, em quantidade elevada no substrato, parece ter influenciado a disponibilidade de cálcio, causando efeito antagônico deste elemento sôbre o potássio. Embora se tenha tentado explicar a possível causa da falta de resposta aos tratamentos, no substrato terra-areia, ainda permanecem dúvidas. O presente trabalho, todavia, mostrou claramente que a amostra da Série Guamium se comporta diferentemente daquela da Série Monte Olimpo, em relação à cultura do algodoeiro, sob idênticas condições de trato.