Caracterização dos fatores de transcrição que têm o domínio zíper de leucina básica (bZIP) ATF1 em Aspergillus fumigatus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Lilian Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17131/tde-10052021-133340/
Resumo: O fungo Aspergillus fumigatus é um importante patógeno oportunista e alérgeno de mamíferos, causando doenças tais como a aspergilose pulmonar invasiva, doença que acomete, principalmente pacientes imunocomprometidos ou sob tratamentos quimioterápicos. A. fumigatus possui uma grande capacidade de adaptação frente a diferentes condições de estresse, sendo capaz de modular a sua maquinaria bioquímica de forma rápida e robusta, garantindo assim a sua sobrevivência. A via de glicerol de alta osmolaridade (HOG) está envolvida nesses processos de adaptação. As quinases MpkC e SakA de A. fumigatus, ortólogas da Saccharomyces cerevisiae Hog1p, constituem o regulador primário da resposta ao estresse hiperosmótico ativados pela via de HOG, um dos sistemas responsáveis pela modulação bioquímica e transcricional frente a diferentes condições de estresse. A resposta transcricional ao estresse osmótico, avaliada por RNAseq, foi comparada entre o tipo selvagem e os mutantes ΔmpkC, ΔsakA e ΔmpkC ΔsakA. Os resultados indicam que MpkC e SakA têm funções independentes e colaborativas durante a resposta transcricional ao estresse osmótico transiente. Foram também caracterizados os mutantes nulos de A. fumigatus para quatro fatores de transcrição com o domínio do tipo zíper de leucina básica (bZip), durante a adaptação a diferentes condições de estresse. Ao longo do estudo, observou-se que os TFs estão envolvidos na capacidade de A. fumigatus se adaptar a diferentes agentes estressores que causam danos à parede celular (tais como Congo Red, CR e Calcofluor White, CFW) e estresse oxidativo (p.ex., peróxido de hidrogênio). Primeiramente, nós investigamos as interações, interações genéticas entre ΔatfA, ΔatfB, ΔatfC e ΔatfD. Os nossos resultados indicam que existem diversos níveis de interações genéticas entre estes mutantes. Entretanto, as mutações ΔatfA e ΔatfB mostram epistasia na maior parte das condições aqui investigadas. Todos os duplos mutantes têm crescimento reduzido na presença de acetato, glicerol e etanol como fontes únicas de carbono, e afetaram o acúmulo de glicogênio e trealose no micélio. Além disso, foi demonstrado através de miscroscopia de fluorescência, que a proteína AtfA:GFP é constitutivamente localizada no núcleo. AtfB, -C e D:GFP foram localizadas constitutivamente apenas 20% no núcleo, aumentando a sua translocação para o núcleo entre 30 and 70 % na presença de condições de estresse. Foi também observado, através de experimentos de co-imunoprecipitação (Co-IP), a interação de AtfA-D com SakA. Também ocorre a formação de heterodímeros entre AtfA-D na presença e ausência de estresses osmótico e de parede celular. Esses dados apontam a importância de AtfA-D e ainda sugerem que esses TFs estão envolvidos não somente na resposta ao estresse, mas também em processos metabólicos de A. fumigatus.