Professor de química, livros didáticos e os cadernos do Estado de São Paulo: relações complexas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Maia, Juliana de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81132/tde-12072013-165411/
Resumo: Questões relacionadas aos materiais instrucionais têm sido bastante discutidas em trabalhos reportados na literatura. Sabe-se que o Livro Didático é um dos materiais mais utilizados nas aulas de química, uma vez que norteia toda a prática docente, desde a escolha do conteúdo até o processo de avaliação. No estado de São Paulo, um novo material chegou às escolas para auxiliar as práticas pedagógicas do professor e contribuir para a aprendizagem dos alunos: Caderno do Professor e Caderno do Aluno. Nesta perspectiva, a presente pesquisa tem como objetivo geral investigar as relações que o professor de química estabelece com os materiais instrucionais, em especial, com o Livro Didático e os Cadernos do Estado. Para tanto, foram entrevistados 11 professores de química do município de São Paulo que atuam em escolas públicas. Os dados foram analisados a partir das ideias de \'violência primária\' e \'violência secundária\' de Aulagnier (1975), e dos \'patamares de aprendizagem de Villani e Barolli (2000a; 2000b). A partir dos resultados obtidos verificamos que as maneiras pelas quais os materiais instrucionais se inserem na prática pedagógica do professor dependem de alguns elementos, tais como contexto do ensino, concepções de formação e demandas dos alunos. Percebemos que a introdução dos Cadernos do Aluno criou uma perturbação na ação pedagógica, enquanto que o Livro Didático ainda representa o conhecimento científico escolar. Ficou evidente que a sala de aula não é espaço neutro, pelo contrário, é um espaço cheio de confrontos de pontos de vista, de identidades, de valores e de percepções. Lidar com as divergências e diferenças pressupõe, no entender da nossa pesquisa, abordar criticamente os diferentes materiais que os professores vão incorporar à sua prática. Podemos concluir que independentemente do que for imposto aos professores, eles buscarão atalhos que lhes permitam satisfazer suas demandas.