Comparação da fórmula de Friedewald com a ultracentrifugação analítica durante o tratamento das dislipidemias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1990
Autor(a) principal: Bertolami, Marcelo Chiara
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-21052021-140642/
Resumo: A fórmula de Friedewald para cálculo do LDL-colesterol tem sido usada largamente, como método simplificado, em substituição ao método caro e sofisticado da dosagem do colesterol da LDL separada por ultracentrifugação preparativa ou analítica. Apesar de diversos trabalhos compararem estas duas metodologias, não foram encontrados estudos que as comparassem na vigência de medidas terapêuticas dietéticas ou medicamentosas. Neste estudo foram submetidos a análise 86 pacientes hiperlipidêmicos e confrontaram-se os dados obtidos pela fórmula de Friedewald, com os da ultracentrifugação analítica, antes e após período de dieta e/ou medicamentos, específicamente Lovastatina, Clofibrate ou Bezafibrate. Os valores obtidos pelos dois procedimentos: (LDL-colesterol calculado e Sf 0-20 da ultracentrífuga analítica) mostraram boa correlação antes e depois da terapêutica em dois grupos de pacientes, a saber: 1) Grupo que realizou apenas restrições alimentares. 2) Grupo em que além da dieta, foram utilizadas drogas, como a Lovastatina, Bezafibrate ou Clofibrate. Entretanto, analisando-se os pacientes conforme os níveis da trigliceridemia, observou-se que havia boa correlação entre os dois métodos apenas quando estes valores eram observados em conjunto. Subdividindo-se os pacientes em 3 grupos conforme os níveis de triglicérides séricos, a saber: 1) abaixo de 150mg/dl; 2) entre 150 e 250 mg/dl e 3) acima 250 mg/dl (embora abaixo de 400 mg/dl, como recomendado para utilização da fórmula), observou-se que a correlação entre os métodos foi boa apenas nos grupos 1 e 2 (naqueles com trigliceridemia abaixo de 250 mg/dl), não tendo sido boa no grupo 3 (com triglicérides acima de 250 mg/dl). Neste grupo, após período de tratamento, com dieta ou Fibrates, que levou à redução dos níveis de triglicérides, para abaixo de 250 mg/dl (exceto em 1 paciente que apresentou após tratamento dietético trigliceridemia de 276 mg/dl), observou-se que a correlação entre o LDL-colesterol calculado e as Sf 0-20 da ultracentrifugação passou a ser boa. Em conclusão, a fórmula de Friedewald é válida nas trigliceridemias até 250 mg/dl, e acima deste valor, o tratamento dietético e/ou medicamentoso, com redução dos níveis de triglicérides, faz com que a correlação entre os dois métodos passe a ser boa.