Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Silva, Diego Luis Izidoro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3150/tde-30042025-080715/
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Resumo: |
O hidrogênio é reconhecido como um vetor energético essencial para a redução das emissões de gases de efeito estufa, especialmente em setores de difícil eletrificação. Além disso, desempenha um papel estratégico na transição para uma matriz energética predominantemente limpa e renovável. Considerando que a quase totalidade da produção atual de hidrogênio ainda depende de combustíveis fósseis, o desenvolvimento de métodos alternativos baseados em fontes renováveis torna-se fundamental para viabilizar sua adoção em larga escala. Nesse contexto, esta tese investiga o design, a avaliação termoeconômica e a otimização de sistemas híbridos de energia eólica e solar para a produção de hidrogênio renovável utilizando células eletrolisadoras de óxidos sólidos (SOEC). As configurações propostas integram parques eólicos e/ou sistemas fotovoltaicos para a geração de eletricidade com um sistema de concentração solar térmico para a produção de vapor. As plantas são modeladas e simuladas para operação no Nordeste do Brasil, considerando três cenários: o atual, de médio prazo (2030) e de longo prazo (2050), incorporando avanços tecnológicos e reduções de custos projetadas. Adicionalmente, estratégias envolvendo armazenamento térmico, sistemas de baterias e operação conectada à rede são avaliadas. Sob condições otimizadas, a planta SOEC integrada a turbinas eólicas alcança uma eficiência exergética de 17,43% para a produção de hidrogênio no cenário atual, aumentando para 18,77% em 2050. O custo nivelado do hidrogênio (LCOH) é estimado em 4,11 USD/kg inicialmente, reduzindo-se para 2,05 USD/kg no longo prazo, com uma produção média de hidrogênio de 57,9 t/dia. As emissões evitadas de CO2 são estimadas em aproximadamente 5,28 Mt ao longo da vida útil da planta. Para configurações utilizando sistemas fotovoltaicos, a eficiência aumenta de 11,32% para 12,15% em 2050, enquanto o LCOH cai de 6,29 USD/kg para 2,58 USD/kg. Em todos os cenários, a energia eólica supera a fotovoltaica devido ao seu maior fator de capacidade. O armazenamento térmico e a conexão à rede mostram-se essenciais para garantir operação estável e contínua, além de reduzir os custos de produção. Esses resultados destacam o grande potencial do Brasil para a produção de hidrogênio a partir de recursos eólicos e solares, enquanto reforçam a necessidade de avanços tecnológicos contínuos e reduções de custos para viabilizar a transição para uma matriz energética sustentável. |