Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Alexandra Caires |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-02052023-162442/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A violência no trabalho é um problema de saúde pública que resulta em agravos à saúde do trabalhador. Diversos fatores podem estar associados à sua presença no ambiente laboral, considerando a complexidade do fenômeno da violência. Há carência de estudos que investiguem sua relação com caraterísticas do ambiente de trabalho. A hipótese deste estudo é a de que características ocupacionais ambientais possam estar associadas a exposição do trabalhador à violência no trabalho. A investigação desses fatores tem o potencial de contribuir para implementação de ações de vigilância mais adequadas. OBJETIVOS: Estimar a prevalência e fatores ocupacionais ambientais associados à violência no trabalho. MÉTODO: Esta pesquisa é um estudo transversal a partir de dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019. A amostra de estudo foi composta por indivíduos com mais de 18 anos que responderam ao módulo V- Violência e ao módulo M - Características do trabalho e apoio social do questionário. Para a estimação da associação entre a violência no trabalho e as variáveis ocupacionais ambientais e sociodemográficas foram realizados modelos de regressão logística com a obtenção de Odds Ratio (OR) bruto e ajustado e respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%). Para o controle de covariáveis foi utilizado o procedimento stepwise backwards. A análise estatística foi feita com software STATA 15 e foi adotado o nível de significância estatística de 5%. RESULTADOS: A prevalência de violência no trabalho foi de 4,83%. Os fatores ocupacionais ambientais associados identificados foram: trabalho noturno (OR=1,59; IC95% 1,32 - 1,91), exposição ao ruído (OR=1,73; IC95% 1,44 - 2,09), manuseio de resíduos urbanos (OR=1,73; IC95% 1,09 - 2,73) e exposição a material biológico (OR=1,52; IC95% 1,17 - 1,96). Foi identificada ainda, associação com as covariáveis: ensino superior completo ou incompleto (OR=1,43; IC95% 1,16 - 1,78), renda per capta nas faixas maior do que 1 até 2 salários mínimos (OR=1,66; IC95% 1,28 - 2,15) e maior do que 2 salários (OR=1,31; IC95% 1,02 - 1,69) e faixas etárias 18/29 anos (OR=1,82; IC95% 1,22-2,72) e 30/44 anos (OR=1,69; IC95% 1,16-2,46). CONCLUSÃO: Neste estudo, determinadas características ocupacionais ambientais se associaram à violência no trabalho, sugerindo que ações preventivas devam focar o aprimoramento das condições ocupacionais ambientais |