Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Azevedo, Rafael Augusto de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-17042018-152318/
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Resumo: |
Os procedimentos de reconstrução de parede abdominal são importantes na rotina cirúrgica de pequenos animais e, apesar da sua baixa casuística, normalmente são realizados por consequência de traumas ou neoplasias. O material ideal a ser utilizado permanece sem unanimidade e sua busca é constante. Diversos materiais de origem sintética e biológica são pesquisados, apresentando prós e contras. Entretanto, a maior utilização aparenta ser a malha de polipropileno. Em contrapartida, a membrana amniótica é estudada atualmente, demostrando melhor aceitação dos pacientes, assim como menor reatividade. Junto às boas informações sobre a membrana amniótica, se tem estudado processos de decelularização de tecidos como técnicas de bioengenharia tecidual, o qual criam-se materiais imunologicamente compatíveis, aumentando sua biocompatibilidade, com melhor resposta cicatricial e menor inflamação do hospedeiro no período pós-operatório. O presente trabalho objetivou avaliar macro e microscopicamente a membrana amniótica equina mantida em meio de preservação tradicional (glicerina 98%) e tratada com solução utilizada para decelularização, em baixa concentração (detergente Dodecil Sulfato de Sódio Sodium Dodecyl Sulfate SDS 0,01%), a fim de mensurar possíveis diferenças de resultados apresentados pelos hospedeiros. Foram formados dois grupos (grupo I e grupo II) contendo 15 animais em cada. Os animais do grupo I receberam a membrana amniótica tratada com SDS 0,01%, assim como os animais do grupo II receberam a membrana preservada em glicerina 98%. Cada grupo foi dividido em três subgrupos, contendo cinco animais em cada. O primeiro subgrupo foi avaliado aos sete dias de pós-cirúrgico (M1), o segundo aos 20 dias (M2), e o terceiro aos 40 dias (M3). Após anestesia geral, segmento de aproximadamente 2,0cm x 1,5cm foi retirado da parede abdominal de cada rato, para criação de defeito abdominal, e substituído pelo material a ser avaliado, suturado com fio náilon 5-0 em padrão simples interrompido, seguido de sutura cutânea em U horizontal com fio náilon 4-0. Informações macro e microscópicas foram coletadas e analisadas estatisticamente. As avaliações macroscópicas não apresentaram diferenças estatísticas entre os grupos, mostrando bons resultados quanto a prevenção das aderências viscerais ao implante. A avaliação microscópica mostrou diferença importante de contagem celular no terceiro momento de avaliação (M3) entre os grupos, sendo que o grupo I apresentou menor intensidade de células inflamatórias em comparação ao grupo II (p=0,002973). A eficiência do detergente SDS 0,01% não foi boa, devido manutenção de conteúdo nuclear ao avaliar o material em lâminas histológicas. Pode-se concluir com o presente estudo que, a membrana amniótica equina pode ser utilizada para reconstrução de parede abdominal em ratos Wistar, pois, mostrou bom resultado, não causando aderências viscerais e, consequentemente, sem comprometimento de quaisquer funções. O grupo I mostrou importante queda na contagem celular em comparação ao grupo II, levantando a hipótese de possível efeito do tratamento com SDS 0,01%. Porém, a total eficiência para decelularização avaliada ao final, não foi boa, sugerindo melhores abordagens aos protocolos de decelularização, aumentando a concentração da substância, o tempo de tratamento, assim como a associação com outras técnicas para melhor efetividade na total remoção do conteúdo celular da membrana amniótica equina. |